Rafael Waldomiro Greca de Macedo deverá anunciar amanhã (15) em que banda vai tocar na campanha do segundo turno para a prefeitura de Curitiba. Greca é um artista. O senador Roberto Requião, líder do PMDB, já disse e aprovou no diretório municipal o apoio a Ratinho Junior (PSC). Seu pupilo na eleição faz mistério. É um dos fenômenos da política provinciana. Ressuscitou nesta eleição cheia de surpresas a bordo de 101.866. Agora saboreia o trunfo. Para quem não tem memória, vale lembrar que há seis anos ele não conseguiu se reeleger deputado estadual porque conseguiu apenas 34.736 votos, entrando no quadro da suplência. Seis anos antes ele tinha amealhado 51.921 e sido eleito, mas bem distante dos 226.554 votos que o elegeram deputado federalo em 1998, com a maior votação do Estado. O fato de ter virado as costas para o grupo do ex-governador Jaime Lerner, onde nasceu politicamente, e se bandeado exatamente para o grande inimigo deste, Roberto Requião, sempre foi contabilizado como a principal razão do esvaziamento do balaio de votos de Greca. Agora tem gente que acha que foi exatamente Requião o catalizador da safra obtida nas urnas, sem contar que o estilo Greca de ser candidato, com as frases, vamos dizer, espirituosas, e demonstração de conhecimento da cidade onde já foi prefeito (1993 a 1997). De um jeito ou de outro, Greca está inflado, no sentido de orgulho, e joga o jogo onde, provavelmente, vai garantir um lugar de destaque no novo governo municipal. Isso é política!