por Célio Heitor Guimarães
Artigo do nosso Ivan Schmidt, aqui publicado na semana passada, causou alguma reação de frequentadores deste blog. Com a lucidez que lhe é peculiar, o articulista focalizou o recente apoio do PT nativo à candidatura de Gustavo Fruet já no primeiro turno das eleições municipais. Depois de referir-se às inúmeras tendências “que se abrigam sob a bandeira vermelha que enquadra a estrela” e à democracia interna do PT que, pelo menos em São Paulo, está circunscrita à vontade pessoal do “supremo artífice das decisões partidárias” (leia-se Luiz Inácio Lula da Silva), Ivan chega, entre outras, a duas conclusões indiscutíveis. Uma: “a logística eleitoral de 2012 remete a 2014, ou seja, à disputa pelo Palácio Iguaçu”. Outra: com o apoio a Gustavo e a indicação do vice na chapa, o PT “nunca esteve tão perto da prefeitura como está agora”.
Dois manifestantes, que confessam não conhecer o jornalista, acusam-no de estar a serviço da candidatura Gustavo Fruet, ainda que com vergonha de assumir a posição. Tolice de néscios tucanos.
Como expõe na réplica, Ivan Schmidt sempre teve posições claras. E nunca teve (nem pode ter) constrangimento ou vergonha disso. Até porque, como ele bem diz, Gustavo, sem poder ser considerado um neo-petista, está anos luz à frente dos demais candidatos.
Isto posto, não resisto à tentação de colocar a minha colher de pau nessa “omelete” servida pelo Ivan.
Gustavo Fruet não é apenas o melhor candidato à prefeitura municipal de Curitiba, em que pese as eventuais qualidades dos demais. Gustavo é uma das melhores revelações da política nacional nos últimos tempos. E talvez um dos derradeiros agentes políticos a levar a sério a gestão pública. Disso deu provas à Nação quando esteve na Câmara Federal e integrou as CPIs do Proer, dos Correios e do mensalão. Demonstrou estar ali a serviço da dignidade, da verdade e da decência. Não foi lá para fazer gracinhas ou para exibir-se diante das câmaras da televisão. Foi o mais eficiente, sério e destemido crítico dos mal-feitos dos “aloprados” do PT. E, por isso, recebeu o respeito e a admiração do Brasil. Já teria chegado à prefeitura de Curitiba, não fosse a perfídia recebida primeiro de sua excelência de Mello e Silva e depois do menino Beto.
Seu lugar, todavia, é no Palácio Iguaçu.
É certo que Gustavo dificilmente será um neo-petista. Mas a mistura dele com o atual partido da estrela vermelha causou, sim, constrangimento em seus amigos, admiradores e eleitores, que acham que ele não precisava disso. O que pode o PT oferecer a Gustavo, além de mais tempo no horário eleitoral do rádio e da TV? Rigorosamente, nada. O PT por certo ocupará o Palácio do Planalto, no cerrado brasiliense, por mais uns quinze anos, pela obsoluta ausência de competidores. (E note-se que o PMDB de RR e o PSDB do BB/Beto Boy não quiseram ficar com o nosso Guga!…) Mas o PT não existe em Curitiba. Quantos vereadores tem o partido na Câmara Municipal? Dois? Três? De um total de 38?! Só que receberá de bandeja, sem nenhum esforço, o comando da Capital dos paranaenses em 2014, quando Gustavo Fruet transferir-se para o Iguaçu. Por isso, e apenas por isso, está adulando hoje aquele que foi o seu mais conceituado e eficaz crítico.
Isso é política – como diria o sábio Zé Beto. Desgraçadamente.
Vejo que os jornalistas Ivan e Célio nao conhecem mesmo o Gustavo e sua troupe: MacDonald (o breve), Reginaldo Cordeiro (dos alvarás), Vilmar (funcionário publico que ninguém sabe onde trabalha agora), a mana Leonora (expressão do Nepotismo em cargos com o Requião e Beto).
Já mudou de partido algumas vezes era do PMDB, em 1990 era (como o pai Maurício candidato ao Senado pelo PSDB) do PSDB, depois voltou pro PMDB, voltou mais uma pro PSDB e agora PDT. amanha ninguém sabe …
Vencendo a eleição para Prefeito, ele ganha cacife para disputar o Governo do Estado. Mas só vai se arriscar (se resolver se arriscar) em 2018. Antes vai ser reeleito prefeito, com o pé nas costas.
QUEM NÃO TEM COERÊNCIA E FICA PULANDO DE GALHO EM GALHO NÃO PODE ESTAR ANOS LUZ À FRENTE DOS OUTROS, COMO DIZ O TEXTO.
POLÍTICO QUE SE PREZA TEM QUE TER COERENCIA SEMPRE.
E turminha de conservadores… Vamos assumir e limpar essa latrina que é a política atual do Paraná.
O Guga é o menos pior, e olha lá, do que esta aí.Agora votar em qual criatura dantesca? A solução é votar no NULO!
E filho de político dá em boa coisa??? Não que eu saiba.
Esse Fruet é mais um piá-de-prédio que nunca precisou trabalhar na vida. Tão “imagem” e oco quanto o playboy que brinca de governar, fazendo o Paraná andar pra trás. Tanto retrocesso quanto fez o anterior, o Requião (outro filho de político). Ô raça maldita.
Estimado Célio Heitor: você disse uma porção de coisas que faltaram no meu despretencioso comentário anterior, pelas quais muito agradeço. Os comentários acima, no entanto, confirmam uma visão pré-fabricada de alguns que acabam confundindo alhos com bugalhos, como se estivessem a serviço de determinado grupo político, aliás, bem definido por você. Houve um que lembrou as participações de Leonora, irmã de Gustavo, nas administrações de Requião e Beto (na prefeitura), classificando-as erroneamente como “nepotismo”, esquecendo que Beto nomeou a mulher e o irmão para cargos no primeiro escalão… aí não é nepotismo? Na ótica de outro, Gustavo “nunca trabalhou na vida”, mas também esquece que o primeiro “emprego” sabido do governador BR foi um mandato de deputado estadual… Perguntinha para concluir: desde quando descortino, competência, carisma e vocação pública têm a ver com troca de partido?
Divertidos, esses artigos. Lembram a historia daquele marido malandro que, boêmio, chegava de manhãzinha, mas sempre de costas! Se a mulher o pegasse no pulo, sempre poderia dizer que estava saindo pro trabalho. Ou, de outra forma, políticos, no fundo da alma, são todos iguais. hahahaha
Engraçado. Muito engraçado.
Nada tem pé nem cabeça.
Que o Gustavo é melhor candidato a prefeito não resta a menor dúvida. Mas o que não se entende é porque se aliou ao seu inimigo preferido. Senti-me traído por ele, disse-lhe noa ano passado que se ele se alia-se ao pestismo com os nossos votos não contaria. Acredito também que ele não se elege prefeito e, muito menos governador. Exemplo disto foi a derrota fragorosa do ex-senador irmão do senador, de quem ninguém mais se lembra. E o Gustavo vai pelo mesmo caminho. O eleitor curitibano é conservador, vide o quadro de vereadores, uma gentalha que está lá na Câmara, se repetindo anos e anos a fio, sempre se reelegendo. ACarlos