por Ruth Bolognese
Demagogia envergonhada
O prefeito Luciano Ducci decidiu reduzir ainda mais o próprio salário e passa a receber R$12.284,58 por mês para cuidar de uma cidade de 2 milhões de habitantes e um orçamento de R$5 bilhões. É uma incoerência que não combina com o custo-benefício, com as leis de mercado e nem com o ofício de político. O que leva o prefeito a ser tão altruísta, tão dedicado à coisa pública para se sujeitar a receber um salário que,como médico competente, a estas alturas da vida, poderia facilmente dobrar, triplicar, com um bom consultório? A resposta é óbvia por demais.
Não existe um curitibano nesse mundo do meu Deus que vai criticar, ou deixar de votar no prefeito, sabendo que ele ganha um salário digno para cuidar da cidade.
Mas existem muitos curitibanos que podem passar a desconfiar de um prefeito que se submete a receber um salário de R$12 mil reais para cuidar de um orçamento de R$5 bilhões.É muita dor de cabeça para tão pouco retorno efetivo.
Hospital Evangélico
É cada vez mais complicada a situação da Sociedade Beneficente do Hospital Evangélico de Curitiba. A notícia mais intrigante é a compra de brinquedos em La Frontera com dinheiro da caixinha.
A morte súbita
Numa entrevista, se não me falha a memória (e ela falha com frequência), ao Canal Livre, um jornalista perguntou ao médico Draúzio Varela se ele tivesse a opção, qual morte escolheria: a repentina ou aquela que vem depois de uma longa doença. Ele respondeu que preferia a segunda alternativa, porque gostaria de se preparar, se despedir das pessoas, ajeitar algumas coisas da vida. A morte repentina, explicou, é muito dífícil de ser assimilada, o choque é brutal demais para quem amamos.
Me lembrei disso ao saber da morte de Aide Ferreira, marido da Nani Marcos, assessora de imprensa do governador Beto Richa. Ele foi embora assim, abruptamente.
Eu não acredito! É incoerênte defender o patrimônio público? Ou incoerente é passar oito anos falando mal de alguém e depois se juntar com esse povo por dinheiro e poder? Ou incoerente é passar a vida fazendo um discursso e mudar quando se chega ao poder, como o PT tem feito. Esta semana esse PT que apóia o Gustavo Fruet acabou com o direito de aposentadoria dos servidores públicos. Por isso reclamam. Enquanto a turma do Gustavo acaba com o funcionalismo público, a turma do Beto Richa e do Luciano Ducci valorizam.