por Zé da Silva
Capricórnio
Olhou a cruz, fez o sinal e quase foi atropelado pelo ônibus. Um bêbado em estado quase terminal olhou nos seus olhos. Ele não segurou. Desviou. Viu uma freira na fila do ônibus. Outra numa passarela. Eram santas? O cavalo na calçada tinha pintura nova. E uma flor vermelha de plástico na testa. O velho, negro e corcunda atravessou na faixa de pedestre. Tinha uma mochila nas costas e um sorriso nos lábios. Na calçada alguém arrastava uma guarda-chuva. A ponta de metal fazia o som cortar o ar. O dono tinha um chapéu com a aba rasgada e um bigode fino e mal aparado. Tinha uma tevê ligada na vitrine. Saiu o loro e entrou brigas ferozes entre meninas estudantes. Ele olhou sentiu uma dor no coração e arrancou. Um carro alucinado quase passa por cima. Novo sinal da cruz. No dia normal da cidade grande.
off topic: teu “chapa” rogério galindo publicou uma lúcida e independente (independente, note bem) análise dos primeiros 12 meses de beto richa. achei que você gostaria de ler. http://www.gazetadopovo.com.br/blog/caixazero/?id=1200344&tit=a-agenda-secreta-de-beto
abraço, saúde!
hihihihihihihihi
diario de um cara distraído… muitos de nós somos o tempo todo.