por Sergio Brandão
Quando meu pai me apresentou ao Coritiba, aos três anos, não sabia que aquilo seria para sempre.
A minha história com o Coxa vai além de um torcedor apaixonado.
Passa principalmente pelo que dá pra chamar de uma relação familiar, como disse aqui outra vez.
Na década de 60, quando comecei a entender qual era o meu papel nesta relação, ocupava as arquibancadas do Belfort Duarte (Antônio Couto Pereira), com grande parte da família.
Domingo para ver o Coxa, era o grande programa de muitos.
Vivi um dos melhores momentos destes 102 de história, se é que tivemos algum momento ruim.
Foi com o time que o Coritiba montou nesta época que conheci Dirceu Krueger, que hoje carrega uma história como atleta e funcionário, tão grandiosa como a do clube.
Com este craque-cidadão, aprendi uma outra coisa: que futebol também é solidariedade e amor.
Aliás, Krueger pratica isso até hoje. Ele parece fazer parte daquele time de pessoas que souberam entender sua missão como ídolo e cidadão.
Por ele e pelo Coritiba, fui apresentado ao futebol aos meus três anos de um jeito muito familiar, como dá para perceber.
Por isso digo sempre: o Coritiba é como se fosse um parente querido.
Um vovô querido que completa 102 anos. Mudando de endereço ou não, estaremos sempre juntos, porque nossa relação vai além do futebol.