História curitibana. A manicure, que sustentava o marido alcoólatra, ficou viúva e foi ao INSS tentar regularizar uma pensão. A advogada federal perguntou se não era verdade que eles tinha se separado, como disseram as testemunhas. A resposta foi sim, mas, explicou a mulher, ele vivia na casa dela porque não tinha onde cair morto. A causídica perguntou então se a manicure tinha alguma prova material de que estavam sob o mesmo teto. Por exemplo: comprovante de viagem. A mulher arregalou os olhos: “Viagem? Doutora, pobre faz ‘tur’? A única viagem que eu fazia era do quarto para o banheiro, do banheiro para o quarto, de lá para a cozinha e de lá para a rua para tratar das mãos e pés das madames”.
A Jorgina de Freitas não teve nenhuma dificuldade para “receber” uma grande bolada do INSS.