A linha de defesa do ex-deputado Fernando Ribas Carli Filho é mais do que clara. Seus advogados vão alegar “apagamento”, por conta da ingestão de grande quantidade de bebida, daí o fato de ele não lembrar de nada do que ocorreu na hora do acidente. Qualquer psiquiatra especializado no tratamento de dependentes de álcool pode explicar isso, assim como quem já passou pela situação, como este que vos escreve. Resta saber como será o entedimento dos juizes e dos jurados, se ele for a julgamento. Apagamento não acontece para quem não bebe. Quando alguém começa a beber – e até um ponto da bebedeira, ele tem toda noção do que está fazendo. E quem bebe assim não pode se eximir dos atos cometidos antes, durante e depois do porre. Carli Filho talvez alegue que o acidente, que resultou em forte batida na cabeça e a cirurgias posteriores, tenha causado a perda de memória. Mas aí ela seria seletiva, porque “apagou” justamente a parte ruim da desgraça. A conferir.