– Era uma mansão muito bonita, a não ser que fedia a decorador.
– O banheiro tinha uma banheira abaixo do nível do chão e armários de portas corrediças suficientemente grandes para conter todas as roupas que doze debutantes quizessem comprar.
– Ele apareceu na porta (o mordomo), sorrindo e fazendo mesuras. Era um garoto bem apessoado, meio havaiano e meio japonês. Linda escolhera-o quando fizéramos uma curta viagem a Mauí, antes de irmos para Acapulco. É maravilhoso o que se pode escolher quando se tem oito ou dez milhões de dólares.
– “Onde é que o poodle vai dormir, no quarto de hóspedes ou conosco? E que cor é o pijama dele?”
– “Posso levar o poodle para o trabalho? Eu teria um pequeno órgão elétrico, um daqueles de brinquedo que se pode tocar mesmo tendo uma orelha tipo sanduiche de mortadela. O poodle tocava o órgão enquanto os clientes mentiam pra mim.
de Raymond Chandler, na pele do detetive Philipe Marlowe, no início do seu último livro, “Amor & Morte em Poodle Springs“. Anos depois de morte dele, a obra foi terminada de forma magistral pelo jornalista e escritor Robert Parker.