6:39Desabafo de um Coxa-Branca

por Juca Biazetto

Falar o que em um momento de tristeza como este?
Acredito que nenhuma palavra possa expressar o sentimento desta nação, ferida, humilhada.
Tragédia anunciada, vexame mais do que previsto.
A contratação de Ivo Wortmann no início do ano já era um presságio do lamentável ano que seria o do nosso centenário. Depois veio Renê Simões, doce ilusão, perdemos o Paranaense e fomos eliminados em casa da Copa do Brasil. Não bastasse isso, uma diretoria incompetente, motivada por vaidades e delírios pessoais que não conseguiu sequer promover os shows do centenário.
O que esperar desses “homens” quanto ao futebol? Em meio a demissões e contratações no departamento de futebol, vieram Ney Franco (este tardiamente em minha opinião) e João Carlos Vialle (sinto pontadas na cabeça ao digitar este nome).
O time perdeu o rumo. Nada mais o salvaria da tragédia já anunciada.


O tal G9 se escondia em meio às pífias comemorações do centenário. Por falar em G9, como diz meu sábio avô, onde mandam Nove não manda ninguém, e esse foi o reflexo do Coritiba ao longo de 2009, um clube sem comando.
Jair Cirino, Tico Fontoura, Francisco Araújo e toda uma trupe de diretores e conselheiros provaram não entender nem um pouco de futebol. E quando digo trupe me refiro sim, ao sentido literário da palavra: “um bando de palhaços”, que mancharam o nome do Coritiba Foot Ball Club.
Estou envergonhado com o lamentável desfecho do jogo de ontem, não apenas pela barbárie cometida por parte de nossa torcida, mas principalmente pela barbárie cometida por nossos dirigentes e jogadores que não honraram nosso manto, nossas cores, nossos sonhos.
Estou triste, humilhado e envergonhado. Continuarei amando o Coritiba, levando nossa bandeira, respeitando nossa tradição, mas agora de longe. Sou Coxa Branca desde que nasci, há 36 anos, e há pelo menos 20 anos não perco um jogo do Coritiba, sou sócio, sou torcedor, mas não mais irei ao Couto Pereira. Estou cancelando meu plano de sócio e me afastando, continuarei amando e torcendo, mas agora à distância.
Muitos vão dizer que eu estou abandonando o Coritiba, pois aos senhores eu digo: Sinto-me órfão, o Coritiba me abandonou.
Para estes “homens” que hoje “comandam” o Coritiba, deixo uma mensagem para vossa reflexão:
 
O último pedido do eterno Evangelino da Costa Neves antes de nos deixar:

“… não deixem que o Coritiba caia para a segunda divisão. Façam essa diretoria montar um time forte. Ano que vem o Coritiba completa 100 anos e precisa estar disputando o título brasileiro. Montem um time forte. Pensem grande. Lá do céu vou comemorar junto com vocês“.
 
Infelizmente o “chinês” está chorando conosco.

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