Há um poderoso do primeiro escalão da prefeitura de Curitiba que tem a solução perfeita para salvar a Rua Riachuelo e é contra estas “revitalizãções” que não dão em nada: desapropriar tudo, ir atrás do time que fez a fantástica obra de Puerto Madero, em Buenos Aires, pedir o um projeto e executar em pareceria com a iniciativa privada.
É isso aí. Pra essa turma, revitalização significa despobrização. Varra-se com a pobreza, a gente feia, mal nascida, e coloque-se ali restaurantes, bares, hotéis que só podem ser frequentados por quem tem salários de cinco dígitos (sem contar os centavos, claro). Democratização do espaço urbano, do espaço público, é isso aí. Esse pessoal precisava ler um pouco de Milton Santos (atenção, falo do geógrafo; o lateral esquerdo era Nilton Santos) e Paulo Mendes da Rocha (se tua resposta a essa sugestão é “quem?”, daí, meu amigo…)
a alfaiataria militar tinha que ser tomabada e deixada do jeito que esta e a cinemateca deveria mudar para la .
A ignorância daqueles que defendem ferramentas para perenizar a pobreza é tamanha que não entendem que trabalho de qualidade gera riqueza. Exploração sexual, venda de drogas e subemprego só geram mais miséria.
Em todo projeto urbanístico importante é fundamental que as alternativas sejam apresentadas à sociedade e esta discuta profundamente e decida o que é melhor, considerando todas as implicações, como: indenização dos atingidos, geração de empregos, geração de impostos, desenvolvimento do turismo (principalmente de negócios), melhora do trânsito, manutenção da memória, etc. É um assunto que deve ser discutido com muitos dados e mente aberta. Mesmo uma solução que aparentemente privilegie a camada mais rica pode estar gerando significativa quantidade de emprego e renda para as camadas mais pobres.
A prefeitura em parceria com a Fecomércio, Sebrae, Sesc e a diretoria do “Centro Vivo” da Associação Comercial vem discutindo exaustivamente com a comunidade daquela área, em audiências públicas, a melhor opção para restauração das ruas Riachuelo e São Francisco.
Técnicos do IPPUC trabalham em cima de projetos urbanísticos buscando alternativas viáveis, preservando o patrimônio histórico e que beneficiem o comércio ali existente.
O que precisa de “revitalização” em Curitiba é a educação desse povo analfabeto.