Do Goela de Ouro:
Pouco antes de iniciar a votação se suspendia ou não a liminar concedida à empresa “A Fiscal Tecnologia”, o plenário do Tribunal de Contas foi informado de que a Urbs ingressou com agravo contra a liminar concedida pelo corregedor-geral Caio Soares. Agora o assunto deve voltar à pauta, pelas mãos do conselheiro Nestor Baptista, na próxima sessão, ou seja, na próxima quinta-feira. O conselheiro Artagão de Mattos Leão chegou a propor a suspensão do contrato entre a Prefeitura de Curitiba e a Consilux, dona dos atuais radares e beneficiária da postergação do contrato, que há dez anos vem sendo prorrogado. Duas conclusões saíram da sessão. Uma é a de que o Regimento Interno do Tribunal de Contas precisa de uma revisão urgente. A outra é a de que o caso ainda pode parar na Ordem dos Advogados do Brasil, já que o advogado da empresa “A Fiscal Tecnologia”, que ganhou a liminar para suspender a licitação, é o mesmo da Consilux, beneficiária da prorrogação. A conferir!
Quando a gente lê o teor de uma notícia deste tipo já se vê que está tudo errado. Estes organismos do poder não respondem mais às reais necessidades do atendimento do interesse público e da sociedade, nem ao império das leis que deveria existir após a Constituição de 1988. Porque continuamos a manter todas estas estruturas de cargos e mais cargos, recheadas de prerrogativas e os mais régios salários, se uma simples saída de férias (justa, não queremos discutir isto) põe tudo na estaca zero, e não se resolve um problema que vem se arrastando em prorrogações discutíveis há dez anos … Precisamos urgentemente de uma nova constituinte que rediscuta todas estas estruturas que não mais servem à sociedade, servem a si próprias e aos interesses compadrinhados dos poderes de ocasião.
O advogado das duas empresas é o Fernando Vernalha, sócio do Luiz Fernando Pereira no escritório Vernalha Guimarães e Pereira, um dos melhores da cidade.