Funciona assim: na segunda-feira passada, véspera do feriado, a Câmara Municipal de Curitiba votou o projeto que, segundo o texto, “autoriza o Poder Executivo a abrir crédito adicional especial, no valor de R$ 2.388.421,90 (dois milhões, trezentos e oitenta e oito mil, quatrocentos e vinte e um reais e noventa centavos), destinados a atender despesas com obras de reforma e melhorias em restaurante popular, obras de ampliação e reforma de centro comunitário, contratação de servidores, produções artísticas, aquisição de vales-transporte e serviços de assessoria”. Beleza. Neste balaio, entre outras coisas, o vereador Algaci Tulio (PMDB) e os do PT estranharam o item sobre “contratação de servidores”. Ao justificar item por item cada uma das despesas, Mario Celso, líder da bancada de apoio ao prefeito Beto Richa, disse que a contratação seria feita pela Secretaria de Abastecimento para servidores para os Armazéns da Família. Algaci Tulio lembrou que, no dia anterior à votação do crédito, a prefeitura publicou edital convocando os servidores aprovados no concurso para estas vagas. Ou seja, chamaram os concursados sem nem saber se o capilé dos mesmos estava garantido. E se o crédito não fosse aprovado? De qualquer forma, o projeto, para variar, foi aprovado. E todos se salvaram.