Quem se atreveu a passar o reveillon em Caiobá, pelo menos teve a grata experiência de antever o que serão as cidades em breve futuro: o caos no inferno. Para cada casa ou apartamento, dois ou mais carros estacionados dos dois lados de todas as ruas ou circulando. Para cada grupo de cinco pessoas, quatro enchendo a caveira com uca o dia inteiro. Em cada casa, som de bate estaca ou pagode em altíssimo volume. As praias, sujas na areia e com altas taxas de coliformes fecais, vulgo cocô, na água. Feliz 2009!
Caro Zé.
-Os governantes são acomodados, não têm coragem de inovar em programas públicos arrojados e de interesse da maioria do povão, como é o caso da falta de saneamento em Curitiba, nas praias e nas demais cidades do Paraná, assim como em todo o País. Vejam que Curitiba, (Cidade Ecológica?), tem mais de 50% dos efluentes do esgoto domésticos, lançados nas valetas, nos córregos e nos rios da Capital, que de modo “espetacular” leva a fedentina a desaguar nas monumentais cascatas de Fóz do Iguaçú, com aplausos dos turistas desavisados.
-Não fazem redes de esgoto com captação e tratamento, porque estas obras ficam enterradas no solo, e não têm um visual teatral que atinja a retina do povão, tais como o farol do saber, museu Oscar Nyemaer, os “anjos esvoaçantes” da Arthur Bernardes. como diz o Mazza. Reconheço que tais “monumentos” também são necessários, PORÉM NÃO SÃO PRIORITÁRIOS.
-Primeiro a saúde do povão, DEPOIS A DIVERSÃO, E O LAZER.
-Isto é planejamento estratégico voltado para a maioria da população, tal qual recomenda o processo democrático responssável, e não do oba, oba, e de culto a personalidade dos governantes temporários.
-A escolha das obras não obedecem um programa de prioridades de interesse da sociedade e do povão, mas obedece sim, ao objetivo único de eternizar o nome do mandante de plantão no Poder Executivo, com obras deslumbrantes no visual. Esta é a marca registrada de Curitiba.
-A Estação Rodoferroviária, continua no Centro.
-O metrô é boicotado pelo interesse econômico dos grupos que comandam o transporte coletivo, com o beneplácito das autoridades municipais. O Metrô está sendo construido em todas as capitais do País, menos em Curitiba.
-O congestionamento na hora do pico do transporte do povão em Curitiba, está no limite. Os ônibus estão superlotados. As ruas estão superlotadas de automóveis, e o povo reclama.
E vai por aí afora.
LINEU TOMASS.
ZÉ.
Complemento com os “os aí afora”:
-A maldita Ponte Preta, com altura mínima que contraria o Código Nacional de Trânsito, continua lá na Rua João Negrão há décadas, e agora também estraçalhando ônibus (da linha turismo), e ferindo turistas. Vai continuar também a entalar muitos outros caminhões baús em breve.
-As calçadas de Curitiba, continuam a serem feitas com os malditos “petit´pave”, e com as “louzinhas” (pedras quadradas), que martirizam os cadeirantes (quase proibidos de trafegar), e as senhoras de salto alto, e não há quem vença os arquitetos conservadores da “escola lernista” do IPPUC, a mudar de idéia.
-Os vereadores que poderiam fazer algo a respeito, se calam e aceitam tal imposição do IPPUC, embora até discordem também desta determinação ditatorial. Curitiba, tem fama de ter as piores calçadas das capitais do País. É um desastre.
LINEU TOMASS.
Perfeito resumo dessa nossa triste opera provinciana, que desceu a serra.
Vai ser mais um Feliz Ano Novo.