“O Brasil está à mercê da pior corja de políticos da história do país. É gente que você não pode convidar para um encontro em casa com medo de que te levem a prataria, com raras exceções”. A frase é da cientista política e comentarista Lúcia Hipólito, da CBN, que ontem à noite fez palestra na Fiep em benefício do Instituto Pró-Renal.
Esta corja da qual a Lúcia fala foi eleita pelo voto direto. Mas será que ela está falando dos mesmos que eu penso fazerem parte da corja? Eu colocaria nessa corja o Alckmin, que impediu sete CPIs na Assembléia paulista e autorizou a saída dos fiscais das obras do metrô (o que provocou aquele buracão); o Roberto Jefferson, maníaco da direita-fascista que confessou ter recebido R$ 4 mi de propina e ninguém perguntou de onde; todos os senadores que pagam para ter sexo com prostitutas escolhidas pela dona Eny (de Bauru); todos os parlamentares que têm emissoras de rádio e tv; todos os parlamentares que destruíram os apartamentos funcionais da SQN 302 (Brasília); todos os parlamentares que se elegeram à custa dos votos do avô, pais e tios coronéis da política; Paulo Maluf, por razões óbvias; e, por fim, todos os que se elegeram com dinheiro de caixa-2 dos partidos, do PTB, PFL (quem mais usa caixa-2 mesmo porque é o que mais tem grana), PT, PRP, PPTTRR e outros pês. Essa é a verdadeira corja. Junte-se a eles os jornalistas que são pagos por esta corja para dizer somente e ver somente o lado da notícia que interessa à própria corja. Junte-se também os juízes desonestos (que são muitos e aqui no PR está cheio deles), os delegados desonestos e os policiais corruptos.
Se colocar todo mundo dessa corja na cadeia, acabou tráfico de drogas, acabou corrupção, viveremos em paz. Mais uma coisa: não adianta a Lúcia Hipólito falar dos corruptos eleitos pelo voto. Primeiro estamos numa democracia e temos de respeitar os eleitos. Depois, só tem um jeito de acabar com eles: votando em outros, mas nunca naqueles que a tv na qual ela trabalha defende. Deu no que deu: a tv onde ela trabalha defendeu a ditadura, o AI-5, o Sarney, criou e extinguiu o Collor, o Plano Real e ainda coloca no ar filmes como aquele de ontem à noite (segunda), que nem a torcida palmeirense merece ver.
Concordo.
Mas também concordo que “os brasileiros estão à mercê da pior corja de comentaristas políticos da história do país”.
Jê (não confundir com Jô).
discordo totalmente da frase da jornalista global…pois não existem raríssimas exceções.
Com todo respeito, esta senhora está redondamente enganada. Hoje os fatos estão vindo à tona; a diferença é só essa. A história republicana brasileira conta com muitas décadas de ditaduras. E em ditaduras, até os ipês amarelos sabem, nada é divulgado. Faço minhas as palavras do Marcinho das Candongas – junte-se à corja referida pela jornalista, os atuais DEMOS (ex-PFL), filhotes da ditadura, vendidos até o pescoço e que sempre se prestaram ao serviço do poder de plantão.