Do site Megafone, de Foz do Iguaçu (www.megafone.inf.br):

Dizem que Foz do Iguaçu é terra livre, caldeirão de raças, credos e ideologias. Aqui, a criatividade também voa. Principalmente quando o assunto é a bufunfa no bolso.

As idéias borbulham na tentativa de fugir da crise e arrumar um extra. Quando a água bate no pescoço, tem sujeito que ultrapassa as fronteiras da imaginação. Em alguns casos, as invenções criativas e originais refletem a simplicidade de um povo trabalhador.

Seguem o caminho da informalidade. Ilegal, para a maioria. Porém, nada imoral a outros tantos. Enfim, basta uma boa inspiração para rechear a carteira. Afinal o importante é driblar a realidade dos números. Estudos recentes revelam: de 40 mil a 60 mil desempregados na cidade. Índices elevados para Foz, município de porte mediano com pouco mais de 300 mil habitantes.

Os motivos seriam vários. Falta de políticas para geração de empregos, de investimentos públicos, ou mesmo a baixa qualificação. No final do ano passado, 35,6 mil pessoas estavam com carteira assinada. Cascavel, com população equivalente, encerrou o ano com 59,6 mil empregos legais. Em resumo, o desemprego gera dois fatores: avanço do crime e alternativas para enfrentar a crise. Em Foz, as duas teorias parecem valer. Mas qual prevalecerá?