Uma reportagem apresentada ontem no Paraná TV 1ª Edição, da RPC, sobre o projeto escalafobético do deputado estadual Ademar Traiano (PSDB) que acaba com a denúncia anônima no âmbito administrativo dos três Poderes cometeu uma barbaridade. O repórter Odilon Araújo utilizou como exemplo o caso de Verônica Durau, sogra de Ezequias Moreira, ex-chefe de gabinete do prefeito Beto Richa, que era funcionária fantasma da Assembléia Legislativa desde 2001. Ricardo Oliveira, professor de Ciências Sociais da Universidade Federal do Paraná, colaborou afirmando que se não houvesse o anonimato, talvez nem acontecesse a denúncia. De quebra, esquentou o caso falando em proteção à corrupção. A denúncia ao Ministério Público do Paraná foi feita pelo relações-públicas Marcos Ravazzani – e isso até as cancelas que controlam a entrada e saída de veículos da Assembléia sabem. Um clique no computador para acessar o arquivo do jornal Gazeta do Povo, da mesma RPC, esclareceria com detalhes este dado fundamental e amplamente divulgado. Se Ravazzani foi laranja na denúncia, isso é outro assunto. Mas laranja não é sinônimo de anonimato, nem ameninza a gravidade do fato, que resultou na exoneração da sogra e no afastamento do cargo do genro. Erro tão primário só turbina o ti-ti-ti que envolve o relacionamento da RPC com o  prefeito, tendo como pano de fundo as eleições do ano que vem. Pode ser tudo. Pode ser nada.