Na Assembléia Legislativa ninguém quer assumir a autoria do projeto que restringe as ações do Ministério Público do Paraná. O fato de este movimento surgir na esteira do ataque do governador Roberto Requião aos promotores, que querem que ele demita a parentada empregada no Executivo, não parece ser coincidência. Juntando lé com cré, chega-se à conclusão de que esta demonstração de força não só é intimidatória como antidemocrática. Aguarda-se a manifestação dos deputados que são contra. Até o presente momento, apenas Jocelito Canto (PTB) confirmou que a atitude é de retaliação. Tadeu Veneri (PT) falou que a diminuição dos gastos, também prevista no projeto, deveria ser estendida a todos os poderes.
Olha! Que a motivação de Requião e & Cia não é moralmente correta nesta questão do MP, isto é óbvio, mas, que o Ministério Público tem que ser freado isto tem! Os caras se acham os “reis da cocada preta”. A arrogância e a ação com vistas ao corporativismo mais insano chegou ali e parou. Quanto aos salários (subsídios) creio que nos últimos dez anos todas as concessões de aumento foram inconstitucionais, ao arrepio da Lei, aliás, é aí que está o problema, segundo me consta foram aumentados sem Lei, eles se auto-aumentaram. É fácil o Governador incomodar esta Instituição, ela tem muito que explicar á sociedade. Qualquer cidadão que queira, pode ingressar com Ação Popular e se se dispuser a ir até o STF a “promotorzada” vai tremer. Por que ir até o STF? Porque aqui na província o “congraçamento” entre MP e Judiciário vai dar ganho de causa ao MP nas instâncias estaduais. Já nos tribunais superiores a coisa pode complicar. O Conselho Nacional do Ministério Público – CNMP também não confiável, tem se demonstrado, em alguns casos, extremamente corporativista. Já o Conselho Nacional de Justiça – CNJ tem atuando com mais isenção.