Do correspondente em Brasília:
A persistência do PPS em tentar viabilizar a candidatura de José Serra à presidência da República pelo partido não é a mesma em relação a de Marina Silva por uma razão muito simples: ela nunca respondeu à aproximação do deputado Roberto Freire e seus emissários quando do desconforto de quanto estava nas fileiras do PV. Já naquele tempo, na iminência de deixar os verdes, o PPS estendeu-lhe à mão, mas Marina sequer quis dialogar, quanto menos aderir à sigla. A frieza do passado não impede a aproximação agora, mas que dificulta, dificulta.
As barreiras encontradas pela ex-senadora para criar a Rede, no entanto, levam-na a olhar com mais carinho para a opção de Freire. O PPS, enquanto mantém a chama acesa junto à Serra, aguarda os desdobramentos do projeto de Marina, cujo eventual fracasso pode cacifar o PPS como alternativa à ambição presidencial da ambientalista. Seja como for, o calendário curto para as filiações pré-2014 afunila as definições para antes de 5 de outubro. O mês que vem, portanto, será crucial para o futuro do PPS.