8:35NELSON PADRELLA

DIÁRIO DA PANDEMIA

(*) Confirmado: Leonardinho foi avistado na Califórnia, pedalando uma baique, pau de fogo na mão. Pode ser tudo, pode ser nada.

(*) Jogar dominó é interessante. Um jogador coloca uma peça, o outro une sua peça à primeira, obedecendo o valor apresentado. A parede prejudica um pouco a comunicação, mas não se pode ter tudo.

– Quem começa? – Mirtes perguntou. (Não sei o nome do cara, chamo de Mirtes).

– Comece você.

Você, no caso, seria eu. ‘Pronto” – eu disse. “Sua vez”.

– O que você jogou? – ele perguntou.

– Um seis e um dois.

– Eu tenho o gato.

Me assanhei:

– Um gato, assim, amarelo e branco? Que atende pelo nome de Moisés?

Vieram lágrimas. Saudade daquele bichinho que eu catei do nada e amava com fúria e insensatez.  E pensar que ele nunca realmente existiu.

(*) Hoje foi dia de fazer a feira. Tirei as verduras da geladeira e levei para a sala. O queijo encaminhei para a varanda. O leite escondi debaixo da cama. Então, peguei a sacola e fui catando cada item, não sem antes brigar com um feirante que queria ficar rico às minhas custas.    

MOMENTOS INESQUECÍVEIS DA HISTÓRIA DO BRASIL: Frase que Machado de Assis ia dizer e acabou não dizendo: Maria, minha nêga, vem fazer cafuné no teu neguinho.

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