7:08NELSON PADRELLA

DIÁRIO DA PANDEMIA

# Posto no mar gelado procuro nadar e tudo é escuro e medo. O Titanic despede-se dos oceanos onde nunca navegou, soltando um mugido doído como vaca que perdeu o rebanho. Pelo menos, Leonardo não virá mais deitar fogo em nossa Amazônia. É Celine Dion, esta que encaminha o barco que nunca chegará até mim?

# Correndo na pista, o coração em fogo. Ultrapasso um, alcanço outro, o suor encharcando a camisa. Antes de chegar ao final a dor no peito me acorda e estou na cama procurando por ar.                                                                                   

# Fiz um saque perfeito e corri para minha posição no meio da quadra. A bola já vinha voltando e caiu na minha mão. Passei para a linha de frente e o cara levantou, eu saí da posição para dar uma cortada sen-sa-cio-nal. Virei para outro lado e dormi satisfeito porque, mesmo em sonho, ainda era o bambambam no vôlei.

OFERTAS DA SEMANA

*Vendo moral ilibada. Sem uso. Artigo pétreo.

*Troca-se a frase todos os homens nascem iguais por todos os homens são iguais depois que morrem.

*Alugo: Vergonha na cara. Especial para inquilinos dos Três Poderes. Precinho a combinar.

Compartilhe

2 ideias sobre “NELSON PADRELLA

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.