De Rogério Distéfano, no blog O Insulto Diário
Merece respeito e reverência pela história de vida, vida que se confunde com a História. Repete sua história da História, que ouço educadamente tantas vezes, tanto por educação como para conferir se não é reescrita. Segue com as mesmas, a história e a História – uma e outra com o viés do interesse, compreensível, tolerável e perdoável. Na vida e na arte, são assim todas, história e História.
Experiência única, privilégio, o seu convívio. Gera admiração, não adesão cega e irrestrita, materiais para os tolos e os mal intencionados. Agora deixa perplexos os admiradores: deu de apoiar Jair Bolsonaro, nada mais contrário às suas histórias. Viveu e sofreu o mal que o candidato evoca, por si, pelo que fala, pelo que propõe, pelos que representa e pelos que vêm com ele.
O apoio seria plausível fosse o argumento forte, mais forte que o sofrimento que o saudosismo que o candidato encarna. Diz apenas que nesta altura o importante é derrotar o outro – que no confronto objetivo não é ameaça real. Direitos de quem fala e vota, sagrados e invioláveis. Porém o argumento não honra quem o expressa. Lembra a música sobre os moços que deixam o céu por ser escuro e vão ao inferno à procura de luz.
Omissão papal
O papa Francisco canonizou o arcebispo Óscar Romero, de El Salvador, e o papa Paulo VI. Imperdoável ter-se omitido na canonização de Lula, ainda que em vida.
Esse papa é um “invejoso”… só porque Lula é brasileiro e ele, o papa, é argentino… Quanta injustiça!