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13:46Parceria da Universidade Estadual de Maringá abre 10 mil documentos americanos sobre a ditadura militar

Da Folha.com

Site publica 10 mil documentos americanos sobre a ditadura no Brasil

Em 1968, a CIA concluiu que a “agitação” nas universidades brasileiras se devia a “estudantes profissionais”, que passavam anos sem se formar graças às baixas exigências acadêmicas.

No mesmo ano, diplomatas americanos testemunhavam o grande entusiasmo do empresariado pelo AI-5, o mais drástico instrumento de exceção da ditadura militar.

Esses relatos são apenas dois exemplos do acervo de 9.872 documentos norte-americanos produzidos entre 1963 e 1977 sobre o Brasil que o projeto inédito “Opening the Archives” (abrindo os arquivos) passa a publicar na internet a partir de hoje.

Resultado de uma parceria entre as universidades Brown (EUA) e Estadual de Maringá (UEM), do Paraná, o projeto digitalizou e indexou material do Departamento de Estado e da CIA. Quase todos estavam acessíveis apenas nos Arquivos Nacionais, na região da capital Washington.

Por enquanto, o site tem cerca de 2.000 documentos. O acervo ficará totalmente disponível até 10 de abril, quando será lançado oficialmente durante simpósio da Brown sobre a ditadura.

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12:02JORNAL DO CÍNICO

Do Filósofo do Centro Cívico

 

Ana Paula Maciel, aquela bióloga brasileira do Greenpeace que ficou presa um BOM tempo na Russia depois que invadiu um navio daquele país, posou nua para a Playboy. A dúvida é saber se a mata está preservada, com corte controlado ou devastada.

11:24Sem pinga nem fogo

No início da madrugada de hoje, na tela do Jornal da Globo, os senadores Alvaro Dias (PSDB) e Gleisi Hoffmann (PT) participaram do quadro “Pinga Fogo” do repórter Heraldo Pereira. O tema era as denúncias da Petrobras e a possibilidade de se convocar a presidente Dilma Rousseff para prestar esclarecimentos ao Congresso. Dias é a favor, Gleisi contra, obviamente. No fim dos depoimentos, o tal “pinga-fogo” poderia ser rebatizado para “água com açúcar”.

11:14Trombada

Na Boca Maldita um venenoso ficou preocupado com a lesão que afastou a apresentadora Xuxa do lançamento das novidades da Rede Globo. Ele acha que descobriu o motivo: “Tico e Teco trombaram de cabeça”.

10:56Coisas de Antonina

De um gozador nativo do litoral paranaense olhando o retrato do protagonista:

 

Em Antonina o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró recebeu o apelido de linguado. Não sei por que…

linguado

10:50De presente

Quem foi ao belo show do cantor, músico e ator Hugh Laurie ontem à noite no teatro Positivo ganhou de presente uma nova diva da música internacional: a cantora guatemalteca Gaby Moreno, que integrava a competente Cooper Botton Band.

10:261964…2014

por Elio Gaspari

A deposição do presidente João Goulart continua a ser um tema divisivo na política brasileira porque, meio século depois, alguns itens da agenda de 1964 continuam presentes, ao vivo e a cores. Registre-se que o elemento primordial, detonador e desfecho da revolta, foi o fato de que os dois lados jogavam com a carta da intervenção militar. Jango tinha um “dispositivo” nos quartéis e seus adversários tinham conspirações desconexas, até que um general voluntarioso implodiu a ordem constitucional. Não existe mais essa carta, mas há outras que, na essência, derivam de pensamentos autoritários. Vale a pena visitá-los, pois permitem que se descubra, em 2014, o código genético do golpismo de 1964.

O primeiro é a falta de respeito à vontade popular. Há 50 anos, uma das provas de que Jango era um esquerdista estava na sua defesa do voto para o analfabeto. Um iletrado não podia ter o mesmo peso político que um doutor. Veio a ditadura e cassou os votos de todos para a escolha do presidente. Em 1969, depois que o presidente Costa e Silva ficou incapacitado, os generais sabiam que o voto de um analfabeto não valia o de um doutor, mas descobriram que o de um coronel não valia o de um general e o de um general que comandava uma mesa não valia o de outro, que comandava uma tropa. Resultado: elegeram o general Emílio Médici sem que se saiba como essa escolha foi feita. A desqualificação do voto alheio está aí até hoje.

Há 50 anos havia uma repulsa ao Congresso e aos políticos. Um lado achava que o povo não sabia votar e elegia ladrões. O outro achava a mesma coisa e havia nele quem quisesse que a rua arrancasse uma Constituinte para fazer as reformas para o bem do país, permitindo inclusive que Jango fosse candidato à Presidência. Hoje as duas visões sobrevivem e no ano passado a doutora Dilma flertou com uma Constituinte exclusiva com adereços plebiscitários.

Passaram-se 50 anos e aquilo que se chamava de infiltração comunista no governo denomina-se hoje aparelhamento do Estado pelo PT. Havia infiltração comunista na Petrobras em 1964, houve um período de petropirataria durante o tucanato e hoje há um comissariado petista na empresa.

1964 continua divisivo porque em 2014 há pessoas que veem nas instituições democráticas a origem e sede dos males. Isso vale tanto para o sujeito que não confia na vontade popular que escolhe presidentes petistas como para comissários que veem nessa mesma vontade uma massa incapaz de eleger um Congresso que vote as leis necessárias para que o partido desenvolva o que chama de projeto estratégico. O golpista é antes de tudo um cético em busca de surtos de força.

Em 1964 havia dois candidatos à Presidência: Carlos Lacerda e Juscelino Kubitschek. Muita gente preferia um golpe a Lacerda e, do outro lado, sonhava-se com o golpe que evitaria a volta de JK. Um terceiro grupo queria virar a mesa contra os dois. Deu no que deu e vinte anos depois todos achavam que tanto Lacerda como JK teriam sido melhores que a ditadura. Como a “Revolução Redentora” teria sido coisa dos militares, todos os civis viraram democratas. Felizmente, em 2014 a carta dos quartéis saiu do baralho. O DNA golpista contudo não desaparece, mesmo enfraquecido, transmuta-se.

*Publicado na Folha de S.Paulo

10:16No terceiro andar do outro lado do mundo

Do blog Cabeça de Pedra

 

Do outro lado da linha, do outro lado do oceano, do outro lado do mundo, a menina dizia que a mãe estava brigando com ela. E estava mesmo! Ele ouvia a voz da mulher ao fundo – e o som que recebia era o de uma dupla em dissonância. As duas, pelo jeito, se amavam – e se odiavam muito em momentos como aquele. Quem estava ao telefone disse que a mãe tinha ameaçado se jogar pela janela. Ele perguntou em que andar estavam. Terceiro. Ele, tranquilo, bem humorado, contou que, se a que tentava despencar não morresse, ia dar um trabalho danado na sequência – porque iria se quebrar toda. “Você não conhece minha mãe?”, disse a voz bonita e aparentando segurança, querendo insinuar que pai e mãe tinham ficado juntos o tempo suficiente para conhecerem os defeitos do outro.Ele então respondeu que não conhecia mesmo, até porque nunca tinha casado – e não tinha filhos. O telefone foi desligado abruptamente. Ele nunca soube nem o nome de quem estava falando lá do desconhecido.

9:42Defensor dos frascos e comprimidos

Do analista dos Planaltos

 

Mesmo fora do Brasil, sobrevoando o Mar Egeu, sempre às expensas do contribuinte brasileiro, o senador Roberto Requião continua sua luta incansável contra as injustiças sociais produzidas por esse “perverso modelo neoliberal” – e batalha pela aceitação da Carta de Puebla (aquela da opção preferencial pelos pobres) em todos os quadrantes do globo terrestre. Em uma de suas últimas postagens no twitter o justiceiro senador aponta os canhões contra as absurdas diferenças de preço na classe executiva da TAM para Atenas ( R$ 16.000,00) e a da Lufthansa (R$ 11.000,00). Não é coisa capaz de fazer qualquer um, que não tenha sangue de barata, ficar com vontade de pegar em armas?

9:37O coronel, o bico aberto e o horror

Na semana que antecede a data do cinquentenário do golpe que instalou a ditadura no Brasil, o coronel da reserva Paulo Malhães continua abrindo o bico e revelando um pouco do que acontecia nos porões da repressão, ou seja, a versão do lado de quem estava protegido pelo poder. É coisa rara e as Forças  Armadas continuam se recusando a esclarecer oficialmente tais fatos. Em depoimentos à Comissão da Verdade ele já revelou a “técnica” para desaparecer com os corpos daqueles que eram mortos durante ou depois das torturas. Deu um endereço de um dos locais clandestinos onde os presos eram trucidados. Agora ele entregou um companheiro de farda responsável pela morte do jornalista Alexandre Baugarten e o desaparecimento da mulher deste e de um barqueiro, em operação de queima de arquivo que deu errado na parte do sumiço do cadáver, porque o corpo do prestador de serviço ao SNI apareceu numa praia do Rio de Janeiro. Malhães não se arrepende nem um pouco do que fez. Isso dá para notar nas fotos publicadas hoje nos jornais. Além do deboche estampado, há sinais de prazer no que fala e também aquela aura da impunidade que ele acha que tem. É o horror!

9:01A caminho do inferno

José Maria Marin, o indefectível presidente da CBF, disse que se o Brasil perder a Copa “todos nós iremos para o inferno”, num recado ao técnico Felipão. Em brasileiro ele quis dizer que se der tudo errado, eles vão se juntar à ninguenzada que bate palma para maluco dançar.

8:30A verdade de Requião

Doático Santos vai instalar um “Comitê da Verdade sobre Roberto Requião” por causa dos ataques que o senador faz aos deputados do PMDB que apoiam o governo Beto Richa. O Vaticano já avisou que excomungará a iniciativa. Motivo: Deus é Deus.

8:28JORNAL DO CÍNICO

Do Filósofo do Centro Cínico

 

Apesar dos protestos da diretoria do clube, não será preciso pagar royalties para comemorar os 90 anos de existência do Atlético Paranaense. A festa é livre! Mas só por enquanto. No centenário, sonham os cartolas, a coisa será diferente.