Do descobridor do Cabral:
A temporada de propaganda eleitoral pode trazer lições para o cidadão comum. O que não é mau, posto que, como aconselhava o Serjão Garibaldo, “a gente tem de aprender alguma coisa para não morrer tão burro como quando nasceu”. Logorréia é uma doença: a necessidade irrefreável de falar, falar sem parar, feito metralhadora. Mesmo que besteiras. Engazopador não é o que muitos podem pensar. É o enganador, o que tenta iludir as pessoas – ou, no caso, o eleitor. Ah, em tempo: com a reforma ortográfica, logorréia perdeu o acento, mas, como é uma palavra inusual (epa! mais uma), é bom mantê-lo para não embaralhar ainda mais as coisas. Até porque vem de logos = princípio da inteligibilidade.