Da Assessoria de Comunicação Câmara Municipal de Curitiba:
Farmácias devem alertar sobre riscos da automedicação
Farmácias e drogarias de Curitiba deverão informar consumidores sobre riscos do uso indiscriminado de medicamentos sem prescrição médica. O hábito, incorporado pela cultura popular, que tem sido motivo de preocupação pelas autoridades médicas, terá o alerta previsto em legislação municipal, conforme iniciativa do primeiro vice-presidente da Câmara Municipal, Tito Zeglin (PDT). O projeto de lei, discutido e votado no plenário da Casa nesta terça-feira (3), foi aprovado pelos vereadores por unanimidade e já teria “sinal verde da prefeitura para sanção”.A matéria prevê a colocação de placas informativas com a frase “Não tome remédio sem o conhecimento de seu médico, pode ser perigoso para a sua saúde”, afixadas em local bem visível dos estabelecimentos que comercializam produtos farmacêuticos. Haverá também indicação para que “todo medicamento seja mantido fora do alcance das crianças”. A farmácia ou drogaria que descumprir a determinação receberá multa de R$ 300, aplicada em dobro nos casos de reincidência. A persistência na infração ocasionará suspensão do alvará de funcionamento por 30 dias. Diversos vereadores colaboraram na discussão, manifestando-se favoráveis à iniciativa. A vereadora Julieta Reis (DEM) ponderou sobre a aplicação técnica do projeto. De acordo com a parlamentar, “se fosse proibitivo, o projeto poderia causar entraves e problemas de dependência exclusiva de consultas. Contudo, o alerta é necessário para a conscientização daqueles que procuram um medicamento sem qualquer referência médica apropriada.”
Automedicação
A conscientização sobre os riscos à saúde pela automedicação é importante, segundo Zeglin, porque este alerta já faz parte das bulas dos medicamentos, em portaria da Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde. A intoxicação medicamentosa pode ser causada por diversos agentes, considerando-se que cada organismo reage de uma forma, comprometendo seu efeito. “A troca indiscriminada de dicas sobre remédios contra dores em geral faz parte da nossa cultura. Porém, a conscientização sobre seus perigos é necessária”, afirma o autor do projeto. O vereador lembra que dados da Organização Mundial da Saúde apontam para a existência de efeitos colaterais e erros em diagnósticos nas fases iniciais de uma doença”. O Sistema Nacional de Informações Toxicofarmacológicas (Sinitox) também alerta para os elevados índices de intoxicação, que, muitas vezes, são a causa das internações hospitalares. O primeiro vice-presidente da Câmara chama atenção, ainda, para a necessidade da prevenção como forma de preservar a vida humana.