O vento sopra sem saber.
A planta vive sem saber.
Eu também vivo sem saber, mas sei que vivo.
Mas saberei que vivo, ou só saberei que o sei?
Nasço, vivo, morro por um destino em que não mando.
Sinto, penso, movo-me por uma força exterior a mim.
Então quem sou?
De Alberto Caeiro (Fernando Pessoa)