A última tentativa
de me entrevistar contigo
foi um fracasso.
Acendi incensos, decorei
com flores – e nada de
ti, Senhor.
Amanheci frustrado e
fatigado como se dançasse
a noite inteira nos
infernos.
Resolvi então fazer
ao contrário: dancei,
me embriaguei, libertei
fantasmas, invoquei
demônios.
Tive um sonho embalado
por anjos em doces paragens
celestiais. És sempre assim, Senhor?
Imprevisível? Desconcertante?
de Jamil Snege