Rogerio Distefano telefona emocionado com a decretação da prisão de José Roberto Arruda. Já tinha escrito o texto abaixo em seu Maxblog (www.maxblog.com.br). Advogado, professor de Direito, procurador do Estado, explicou: “Não é briga política isso. Aplicaram a Lei. É uma vitória para os advogados, para o Ministério Público”. Leiam:
– Por 12/2 o STJ autorizou o afastamento e a prisão do governador José Roberto Arruda, do Distrito Federal. O fato é importante porque inédito na história de tolerância com a imoralidade política. Mais importante ainda é saber que o tribunal não contornou nem inventou lei alguma, simplesmente aplicou a lei existente.
– O que nos leva à constatação deprimente – e também importante: por que até agora não se fez nada em casos tão ou mais graves que o de Arruda? As mesmas leis, o mesmo ministério público, o mesmo tribunal e os mesmos políticos ladrões sempre estiveram por aí.
– Assunto a estudar. Foi a opinião pública? Temos opinião pública relevante e decisiva neste País? Foi a imprensa? Alguém leva a sério a imprensa, escassamente localizada em uns poucos estados e capitais, cujos órgãos confiáveis no todo não passam da dezena?
– A explicação que me ocorre, a única neste momento, é que Arruda esticou demais a corda. Sua ousadia rompeu o pacto da discrição mínima pelo qual as instituições oficiais – ministério público e Justiça – toleram a irresponsabilidade e a imoralidade políticas. Um pequeno passo para o Brasil, um grande passo para a Justiça.