de Ticiana Vasconcelos Silva
No labirinto, a dor
E no coração arde
A chama da eternidade
A alma se derrama
Em névoas
Que cobrem cidades
Há um cântico
Breve e solene
Como a água se faz pura
E a ternura nos abranda
Um andar vagaroso
Pelas teias da ilusão
Como não seguir
A beleza de uma canção
Que diz:
Às joias se dão cores
Aos rios, poemas
Pois caem como máscaras
Quando se vai ao cinema
Como é belo o ditado
Que sintetiza mil dilemas
E na sílaba lilás
Traz um rastro de girassóis
E os lençóis brancos
Repetem as histórias
De quando nunca se nasce
Mas sim se retorna
Ao ponto onde se deixou
O adeus em memória