Do blog de Marcelo Tas, no UOL:
Em 1987, fui morar fora do Brasil, com uma bolsa da Fulbright, para estudar cinema na NYU- Universidade de Nova York. Alertado por um amigo- o designer Marcello Dantas- passei a frequentar uma concorrida aula de Literatura Brasileira, que acontecia toda semana num prediozinho antigo, de quatro andares numa travessa que levava à sempre agitada Washington Square. Para minha surpresa, esses encontros em torno de Machado de Assis, Guimarães Rosa, Aluizio Azevedo em plena Manhattan me fizeram reaprender a olhar o nosso país. O curso era ministrado pelo mestre Wilson Martins, crítico literário, que cativava a todos com sua inteligência, sagacidade e humor. Tinha muito gringo que aprendia portugues só para não perder a chance de saborear os trechos dos clássicos da nossa literatura que Martins fazia questão de ler na língua pátria.
Ontem (sábado, 30), o professor Martins nos deixou, aos 88 anos. Que a sua memória nos inspire a estudar e nos conhecer melhor. A ele e sua família, o meu respeito, afeto e gratidão.
PS: O título desse post é o nome de uma série imperdível de livros produzidos por Wilson Martins sobre o DNA do pensamento verde-amarelo.