por Célio Heitor Guimarães
Confinado compulsoriamente em casa, quedava-me em dúvida. Qual dos vírus é mais maléfico para o Brasil: o corona ou o Jair Messias? Depois da performance de s. exª., o presidente da República, na terça-feira, em cadeia nacional de televisão, não há mais dúvida: o segundo, com certeza.
Que o homem é um destrambelhado, sem a menor condição para exercer o mais alto cargo da República, todo mundo sabia ou logo ficou sabendo. Que não conhece a liturgia do cargo e não tem consciência do que ele representa, também. Na verdade, já deveria ter sido recolhido a um manicômio. Em liberdade e com a língua (semi) solta, é um perigo. E o infeliz supera-se a cada dia, sem que ninguém seja capaz de controla-lo.
Dias atrás, ao valer-se do cargo para instigar a população contra os demais Poderes – o Legislativo e o Judiciário –, ultrapassou todos os limites do bom-senso e sanidade. Nunca se viu na História. Ou, por outra, só se viu nos piores momentos da História.
Jair Messias Bolsonaro é um homem com sérios problemas de saúde. E não é o coronavirus, que ele pode ter adquirido quando esteve nos braços de Donald Trump em recente temporada norte-americana. Para ele, a pandemia seria uma mera constipação. O problema do capitão reformado é muito mais grave.
Ele não sabe governar, ele não quer governar, ele tem raiva de governar. E está fazendo o que pode para dizer que só continua no governo se arredados os empecilhos – quais sejam os deputados, os senadores e os juízes da corte superior de Justiça. E, sobretudo – não nos esqueçamos –, a imprensa.
Jânio quis fazer isso, mas errou na estratégia. Alguns anos depois, a ditadura fardada conseguiu. Como já conseguira Hitler, Mussolini, Stalin, Mao, Idi Amin, Gaddafi, Papa Doc, Saddan, Stroessner, Fidel, Franco, Salazar, Pinochet, Videla, Viola, Galtiri, Bordaberry, Chávez, Maduro e outras figuras medonhas, de tristíssima memória.
Na semana passada, o presidente autorizou a quebra dos contratos de trabalho, com a redução dos salários dos empregados; no início desta, suspendeu o prazo para a prestação de informações de interesse público por parte do governo; e na terça-feira, superou-se ao minimizar, novamente, a crise sanitária, criticar o trabalho dos governadores e desautorizar todo o belo trabalho que vem sendo feito pelo seu próprio Ministério da Saúde.
O mundo todo está fazendo o possível para combater com coragem e eficiência a caminhada no Covid-19. No Brasil, as autoridades, em conjunto com a população, enfrentam o mal com as armas e as deficiências que têm. Médicos, enfermeiros, sanitaristas e demais agentes de saúde desenvolvem, em todo o território nacional, um trabalho incansável e quase desumano, meritório sob todos os aspectos, correndo riscos, para atender as pessoas infectadas pela peste. A população faz a sua parte, seguindo as orientações, permanecendo em casa, evitando aglomerações, intensificando a higiene pessoal e exercitando, como nunca, os sentimentos de união, cordialidade e fraternidade.
De sua parte, o Ministério da Saúde, através do ministro e de seus secretários e supervisores, tem-se feito presente, diariamente, em entrevistas coletivas, esclarecendo e aconselhando o público, como nunca se fizera antes. Cumprem (ou cumpriam) as suas funções, com correção e eficiência.
Aí, não se sabe porque, s. exª., o capitão-presidente resolve entrar em cena: convoca uma cadeia nacional de televisão para deitar falação. E o que fala? Tudo o que não devia: volta a chamar a epidemia de “gripezinha” e “resfriadinho”, critica a “histeria” pública, as medidas preventivas adotadas nos Estados, como a suspensão das aulas e o fechamento do comércio, que considera exageradas. Só faltou incentivar o povo a voltar para as ruas e fazer passeatas em sua homenagem.
Recebeu novo (o 9º) panelaço nacional. Mas não se emenda.
Com certeza o fraseado deveria ser bem mais sutil – até o Trump consegue ser mais sutil. As medidas são necessárias, porém não devem se prolongar indefinidamente. Lá estima-se metade de Abril como prazo limite. Depressão econômica também é caso sério. Pode conduzir a um holocausto sócio econômico. De quinze milhões de desempregados para: muito mais. Então, estabelecer prazo. As pessoas já estão bem mais conscientes da necessidade de uma (O termo não é meu) ética respiratória- tossir e espirrar sem espalhar gotículas, e também sem molhar a própria mão. Evitar falar direto no rosto do interlocutor, usar lenços descartáveis, coisas assim.
Notícia boa do dia: Banho de sol ajuda a prevenir viroses em geral. A Vitamina D3 é um poderoso auxiliar do sistema imunológico. Isto tem um sólido embasamento científico.
Concordo como sempre, com o Heitor C. Guimarães, com exceção do último parágrafo ao se referir aos panelaços, escancaradamente editados.
Resolvi acessar alguma câmeras ao vivo mundo afora, segue a de Tóquio: https://worldcams.tv/japan/tokyo/shibuya-crossing
Este presidente, puta que pariu!!!!
Enfim, um demente no poder. Se tivéssemos um sistema de saúde estruturado, que todos pudessem ser assistidos com dignidade, testados.
O país não tem leitos, hospitais e nem se quer a radiografia de quantos estão portando o vírus.
Faltou o bigode do Hitler, ou quer renovar o estoque de pessoas, pois, somos mercadorias mãos deste lunático. Nesta aeronave pegando fogo, só existe um paraquedas o dele próprio. Desafio o presidente a mostrar o exame, negativado, pois afetou o cérebro
Ele gosta de governar,vê isso quando ele com seus comparsas Moro e cia se deliciavam no avião presidencial,e não precisava nem dizer,se via nos olhos brilhantes dele e o Moro que o Pais agora era deles.
Pois é,as mentiras caem por terra,meus filhos bolsonaristas fanáticos,arrefeceram,me dão razão agora,até por que carregam ainda uma carga genética com desconfiômetro
Lá atrás sempre dizia a eles,vai ser um desastre,esse sim pode-se dizer que o pior ainda está por vir. .
É uma monstruosa trama globalista para tentar derrubar o maior líder que o planeta já conheceu. A Europa, a Ásia, A América do Norte, a América do Sul, a Oceania até a Índia estão irmanadas para eclipsar os grandes feitos do nosso timoneiro, o Messias! Criaram esse factóide de coronavírus e isolamento para evitar que o Brasil vire uma mega-potência planetária. Mas não passarão! Eu, mais o Franco, o Zangado, o Frik e o Dirceu Pio estamos inclusive enviando uma correspondência sugerindo que nosso líder mantenha a viagem para a Itália, marcada para abril e incompreensivelmente desmarcada. Nós nos oferecemos voluntariamente para acompanhar o mito à terra de seus ancestrais e conversar com os dirigentes da “Bota” para deixarem de frescura e pegarem na enxada. Trabalhar! Depois iremos à Espanha e aos Estados Unidos combater o vírus do comunismo, esse sim muito mais perigoso!. Os novaiorquinos vão sair da toca para ver e ouvir o Messias! Trump vai ficar nos devendo essa! Brasil acima de Tudo!. Deus, Pátria e Família!