Aconteceu há pouco na avenida João Gualberto bem próximo do Colégio Estadual. Uma Kombi branca, placas ALW 5810 trafegava ilegalmente pela canaleta dos ônibus e, ao ultrapassar um deles, atropelou um ciclista. O motorista fugiu. O rapaz ainda está estirado, com suspeita de fratura numa das pernas, aguardando a chegada do Siate.
Kombi e “ciclista” na canaleta…
Siate !
😛
obrigado. corrigido. continue assim. abraço. saúde.
Infelizmente a curitiba do beto richa não dispõe de infraestrutura cicloviária adequada, o que inevitavelmente obriga alguns ciclistas a usarem as canaletas, porque esses a julgam menos perigosa do que compartilhar as vias com os carros. É um dilema muito sério para quem usa a bicicleta diariamente nessa cidade autointitulada “ecológica’, pois compartilhar as vias com os carros, sem ciclofaixas é quase que um suicídio. O mesmo também pode ocorrer nas canaletas, com menor grau, já que a frequência de veículos nesta é bem menor. Na minha opinião o prefeito tem sim a culpa por cada ciclista atropelado, já que não se mexe para criar uma programa de ciclomobilidade de verdade, em vez disso prefere multiplicar mentiras na imprensa e no site da prefeitura dizendo que que calçadas com pavimento asfálticos são ciclovias, quando qualquer ciclista e/ou especialista sabe que não o é. Ainda para piorar o conceito desse prefeito perante a opinião dos ciclistas, a manutenção da denominada “rede de ciclovias” que liga os paques há muito não existe. Além de ineficientes por ligar somente os parques, os poucos trechos que poderiam ser utilizados não tem rebaixamento de guias o que desencoraja os ciclistas heróis de cada dia a utilizarem, pois faz muito mal a saúde do ciclista e também da bicicleta devido aos muitos solavancos causadas pela ausência desses rebaixamentos. Ainda há o problema das intersecções com grandes vias como Silva Jardim, Visconde de Guarapuava que simplemente impede que os ciclistas que desejam usar o trecho da Mariano Torres. Tudo isso ainda com o agravante do concento equivocado de ciclovia compartilhada com pedestre. Ou seja, o dilema é grande e a capacidade da prefeitura de resolver os problemas é pequena, não obstante as reiteradas sugestões enviadas a essa administração e IPPUC por grupos cicloativistas e especialistas no tema, que são simplesmente ignoradas devida a falta de vontade de implantar um programa cicloviário decente por parte dos políticos e também por falta de humildade dos técnicos em importar idéias de sucesso já implantadas em cidades do mundo a fora. Quem critica ciclista que usa a canaleta não tem razão, assim como não tem razão os motoristas ignorantes que não respeitam e não aceitam o compartilhamento das vias com os ciclistas. Noventa e nove por cento dos motoristas ignora o artigo 201, que diz respeito a distância mínima ao ultrapassar os ciclistas, além de outros itens do código que dão preferência universal ao ciclista e/ou pedestre.