A memória é um museu.
Há obras do que aconteceu
E sobras do que se perdeu.
Pelas galerias, tristezas e alegrias.
Esculturas de barro de um coração raro.
Pinturas de uma alma que levou surras e criou texturas.
Há a seção do que foi esquecido.
Lugar vazio, cheio de ontem amortecido.
Há obras raras, caríssimas, que não podem ser tocadas a não ser com luva de veludo, de onde vêm plenitude e luto.
As visitas são todas guiadas, por emoções que são sempre renovadas.