História curitibana. A jornalista Vania Mara Welter pegou um táxi ontem no ponto do Shopping Mueller. Na conversa com o motorista, identificou a profissão. Ele perguntou se ela conhecia o Karam. Ela disse que sim, há muitos e muitos anos. O motorista, então, disse; “A gente perdeu um cara do bem. Ele só andava a pé ou de táxi. E toda vez que pegava o meu, conversava, era atencioso. Aprendi muita coisa com ele. Às vezes, quando estou circulando aqui no Centro Cívico, me pego olhando os lugares onde ele passava para ver se ele está lá. Eu perdi um irmão.”
Zé Beto, é impressionante como o taxista captou a essência do que era o Karam. No dia do falecimento conheci o Bruno, filho dele. Se já é difícil consolar a quem acabou de perder o pai, mais complicado ainda numa situação como aquela, eu, um desconhecido que surgiu sei-lá-de-onde, tentando encontrar palavras que fossem ao menos adequadas à situação. Sabe o que me ocorreu? Disse ao rapaz que, se o falecido fosse qualquer um de nós – aí me incluindo – ali presentes, sempre haveria alguém para dizer: “- esse fdp já foi tarde”. Mas do Karam, jamais. Um cara como ele jamais fez um único inimigo em toda a vida.