Do Filósofo do Centro Cínico:
A ideia de que é preciso se cuidar dos orelhões da cidade a fim de diminuir a criminalidade merece não só apoio, como sugestões. Uma delas é a criação do Batalhão do Orelhão, formado pela união da Polícia Militar e da Guarda Municipal para se vigiar 24 horas por dia tais locais que, diga-se de passagem, se transformaram em objetos de poluição visual tal sua pouca utilidade. Em turnos de oito horas para cada vigilante, e calculando-se que há 3 mil telefones na capital, teremos um contingente de 9 mil homens a postos para qualquer eventualidade – inclusive a de atender as chamadas. Assim, a previsão é a de que o número de crimes cairá uns 300% num curto espaço de tempo.
Muito engraçado. Se preferirmos, podemos muito bem dizer também que o poder público está falido a ponto de não conseguir combater meia dúzia de pessoas pagas por cafetões para espalhar panfletos no Centro. Essa versão lhe parece melhor?
Piada pronta a sugestão da Gazetona e de seus delirantes colunistas, como o Galindo. Realmente limpar os orelhões é a solução para acabar com o narcotráfico, o crime organizado, a prostituição, a exploração infantil e a contravenção. Amei!
Sempre a culpa do poder público, claro que a sociedade não tem
qualquer responsabilidade na degradação urbana.
Esse colunista assinou o maior atestado de imbecilidade da história.
E ainda cita Harvard. Viva a Gazeta!
O batalhão do orelhão é a melhor proposta de todos os tempos no combate ao crime. Algum candidato a prefeito assume essa?
quanto honra sua participação no blog! abraço. saúde.
A prostituição e o jogo do bicho é patrimônio cultural, faz parte do dia a dia dos brasileiros, tem e cumpre sua finalidade social, é o contraponto ao trabalho e à família e equilibra as relações sociais na sua sanha de pregar a moral e os bons costumes e cuspir na cara da ética. O que vale para o brasileiro, por baixo e por cima, passando pelo meio, é a aparência, a imagem que passamos da nossa imagem pública, deixando de lado os valores e a coerência.
Alguém se perguntou quantas mulheres que atendem por R$ 30,00 (meia hora) sustentam suas famílias com esse trabalho informal e marginal? Quantos apartamentos no centro de Curitiba estão alugados para esta finalidade e quantos empregos indiretos rende este comércio? Qual o faturamento anual do negócio em Curitiba?
A explosão de um caixa automático da Caixa no terminal da Campina do Siqueira às 4 da matina, provocou a ira de uma mulher, que pedia mais policiamento no local. É assim que pensa o nosso povo, um policial para cada orelhão e para cada caixa automático. Isto é segurança. Será? ACarlos