Do correspondente na Tríplice Fronteira:
Nunca antes na história o Paraguai ocupou tanto espaço na mídia internacional. E a guerra de informações está ficando boa. Vejamos:
– Nesta segunda (25), o novo governo do Paraguai nomeou Franklin Rafael Boccia Romañachcomo o novo diretor-geral paraguaio da usina hidrelétrica de Itaipu, no lugar de Efraín Enríquez Gamón, que havia sido indicado pelo ex-presidente Fernando Lugo.Em seu discurso de posse, o novo diretor da usina compartilhada com o Brasil defendeu a redução da venda de energia elétrica excedente aos brasileiros e o “uso pleno” dessa energia em território paraguaio, dizem as agências de notícias.
Cascata pura. Não há linha de t ransmissão para suportar a energia daquele latifúndio que cabe ao Paraguai. O consumo dos paraguaios é cerca de 1,5 turbinas da usina (das 20 existentes), exatamente porque torraram a grana da binacional e o país não tem indústrias. E volta e meia Assunção tem apagões.
“Não mais a venda de energia elétrica, embora nos traga divisas. Utilização plena de nossa energia no Paraguai, gerando indústria, postos de trabalho; energia elétrica para todos os níveis e todos os setores”, afirmou o novo diretor nomeado pelo presidente Federico Franco, que assumiu o cargo na sexta-feira após o poêmico impeachment de Lugo.
Pelo acordo de Itaipu firmado entre Brasil e Paraguai, a energia gerada pela usina é dividida em partes iguais pelos dois países. O acordo prevê que, caso uma das nações não utilize sua parte integralmente, poderá vender o excedente para o parceiro.