Millôr Fernandes por Cassio Loredano
Doentes estamos nós. Por saber que ele está lá, na República de Ipanema, quietinho. O maior pensador vivo do Meier. Que é o Brasil, esse Bananão capaz de produzir gênios autodidatas como este senhor Milton, que descobriu ser Millôr porque alguém errou a grafia. Ele se acertou nas letras, no traço, no pensar livre é só pensar. E pariu tantos filhos quantos aqueles que tiveram a sorte de encontrá-lo pelas páginas do Cruzeiro, Pif-Paf e, principalmente, do Pasquim, a melhor escola de jornalismo nascida nessa zorra. Só ele poderia produzir uma Bíblia do Caos. São Millôr nosso de todos os dias. Descanse tranquilo. Sua monumental obra é eterna e cheia de graça. Nós, por aqui, damos nossas cacetadas – afinal, você nos apresentou o porrete do inconformismo. Obrigado para sempre.