Da enviada especial:
Ídolo eterno e maior artilheiro da história do Atlético, Sicupira encantou quem foi ouvir suas histórias ontem, no estádio Joaquim Américo, no Ciclo de História Atleticana. As melhores:
– O Atlético sai dessa, é só jogar como na última partida. E se cair, é aprendizado. Times grandes caem.
– Muitos foram erros em 2011: inadmissível a troca de técnicos (6). Imperdoável o que aconteceu com Geninho. Isso não se faz com um amigo. E ele era um grande amigo do Atlético.
– Apostar sempre na base. Aliás, gostaria de ter trabalhado na base do Atlético, quando parei de jogar.
– Quem me dera ter jogado como o Paulo Baier joga! É o melhor batedor de falta do Brasil. E o Atlético não deve perdê-lo quando parar de jogar – e sim mantê-lo trabalhando no clube.
– Meu filho não deu pra nada. Na primeira bola que passei a ele, deu um bituca tão grande, que desisti da bola e comprei uma enciclopédia Barsa pra ele.
– Meu pai foi muito importante pois sempre me apoiou e cuidou dos contratos com os clubes. Cláusula inegociável: facilidade para estudar. Assim cursei o primeiro ano de educação física no Rio de Janeiro, quando fui jogar no Botafogo, e depois me formei aqui.
– Mala branca? Aceito. Para o time perder, jamais.
– Da minha carreira como jogador, o que ficou foi o Atlético, a instituição, e não os cartolas.
– Tudo que vocês ouviram e leram sobre o Garrincha é verdade.
– Dos tempos difíceis na Baixada, lembro que, quando o meião rasgava, a gente remendava com esparadrapo para entrar em campo.
– Cheguei ao Botafogo com 19 anos, pra fazer teste. Sentei num banquinho, de roupa ainda, e fiqauei encolhido. Passaram na minha frente Garrincha, Didi, Nilton Santos, Zangalo. Pensei: “Eu vou por uniforme? Tá louco!”. Acabei fazendo o teste, fiz gol na estréia e até substituí o Mané.
– Juiz roubar para o adversário é coisa antiga no Atlético, não é de hoje. Principalmente em Atletiba, com juízes paranaenses. A coisa era tão explícita e escrachada que, num jogo, bola com o Coxa, fui atrás do cara e ouvi o juiz dizer para o boleiro: “Passa a bola lá pro Kruger, lá na direita”.
Mal vejo a hora de alguém escrever a biografia desse gênio dentro e fora do campo.
Além de carregar a história do Atlético, Sicupira é um cara muito boa praça. Tive o prazer de conviver com a figura por pouco tempo, mas além dos ensinamentos e menhas sobre futebol, também aprendi que avida as vezes rserva uns segredos. Ele sabe quais são.
O tal juiz era dono de um restaurante onde o coxa ia com muita frequência…
Lembro do Sicupira desde quando jogava no time de um grêmio de amigos (cujo nome não lembro agora) em partidas contra o time do Colégio Santa Maria … nos domingos pela manhã, depois da missa … e ali já se via um craque em campo … bons tempos aqueles …
Sicupira alem de craque no futebol é craque na arte da vida e só honrou todas as atividades que exerceu , fosse nos Estados Unidos no Japão ou na Europa teria ficado muito rico com os direitos da imagem , aqui no provinciano Paraná ,em termos de valorizar celebridades ,ficou mais rico ainda ,porém somente de amigos , o que aliás não é pouca coisa não . Longa vida ao ídolo de tardes fantásticas na velha Baixada !
Sicupira sempre foi nota 10, como jogador e como pessoa. Continua sendo, mas não precisa chorar as pitangas, o Atlético é bem grandinho, não cola bem essa lenga-lenga de que é prejudicado pelos juízes.
Sicu era fera, honrava a camisa do Furacão, os coxas se borravam todos quando tinham que enfrenta-lo