12:49Verba volant

Rogério Distéfano

  • MICHEL TEMER deu de confundir o Brasil. Lembram o lance da aposentadoria precoce, que não presta porque ele se aposentou precoce? Como o macaco, não enxerga o próprio rabo: Marcela não fez casamento precoce com Temer? Vai ficar viúva jovem, onerando a previdência.

Ontem afirmou que a carne brasileira “não é fraca”, mas “forte, uma das melhores do mundo”. Falava da carne de exportação, cuja queda reduz o caixa dois das campanhas eleitorais.  A carne e a propina que os políticos se lixam para o mal que fazem aos brasileiros. As falas do presidente são confusas. Não no estilo Dilma, aquele Sócrates ao avesso: o grego dizia não saber nada, Dilma acha que sabe tudo; ele falava claro porque pensava, ela fala péssimo porque não pensa. Não há o que fazer. A Escola de São Bernardo desbancou a de Atenas. Temer é confuso a seu modo, o da dubiedade acidental. Ele diz uma coisa e a gente entende outra. Mais adiante chega à conclusão de que não é nem uma nem outra. Sempre com método; no dia seguinte o presidente nega a afirmação e afirma a negação. Ele explicou isso uma vez: verba volant, a verba voa.

  • Assim, quando afirma que a carne não é fraca e sim forte, o que realmente o presidente disse? Atenção: o que disse, não o que quis dizer. Nada. Está só dizendo que a carne é a carne; em se tratando de Michel Temer já está de bom tamanho. Ele fala o óbvio. Com pompa e circunstância.
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