8:51PENSANDO BEM…

ROGÉRIO DISTÉFANO

Fecha-te, Sésamo

A ideia de jerico do momento, mudar para o parlamentarismo. Seis por meia dúzia. Sai o presidente Ali Babá e o governo será tocado pelos quarenta ladrões.

Basta surgir a grande crise que vem a grande solução. A grande crise Michel Temer seria resolvida pelo parlamentarismo: fica o presidente como a rainha da Inglaterra e o governo é tocado pelo primeiro-ministro, chefe do gabinete sustentado pela maioria parlamentar. Mudou o sistema, muda tudo?

Gabinete parlamentar com os parlamentares que temos! Pode ser como queriam os militares, que impuseram dois partidos. Para imitar a Europa, não seriam o conservador e o liberal, mas o ladrão e o barraqueiro, cuja diferença será só o barulho, porque ambos roubam. Mudam os nomes, permanecem os (mesmos) homens.

Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo, que deixou o ministério Dilma e a prefeitura com as mãos limpas, insiste em referendo, que o povo seja ouvido. Ele acredita no povo, bendito seja. Dê-se o desconto, Haddad é o único petista com credibilidade para disputar a presidência. Também sabe que o povo acredita em messias.

Nos acostumbraste

Aumento de impostos, Michel Temer diz que “a população se acostuma”. Tem alguma razão, afinal a população se acostumou com ele. Interessante isso de “população”: é a quantidade de carneirinhos a caminho da tosquia.

Mogadon

Henrique Meirelles caiu no sono durante discurso de Michel Temer, em Buenos Aires. Tem explicação; trabalha demais. Mas se não tivesse, estaria absolvido: não há quem aguente ouvir o presidente sem dormir.

Moro & Newton

O juiz Sérgio Moro pode ser, digamos, elástico na aplicação da lei criminal. Mas tem uma lei que com ele é rígida, a terceira lei de Newton. Vem aí, em agosto, o ‘tribunal’ das esquerdas, que irá julgá-lo pelas ‘maldades’ contra Lula. No dia seguinte – até no mesmo – haverá outro ‘tribunal’ para julgar Lula. Toda ação provoca reação igual, contrária e da mesma intensidade.

O rato roeu a cueca

O secretário Ratinho Júnior anuncia com pompa e circunstância que pavimentou mais de 5 mil km de calçadas no Paraná, distância entre Curitiba e Maceió. Não precisava: Curitiba já está perto de Maceió. Não pela calçada dos ratinhos, mas pelas ratoeiras dos ratões.

Na divulgação do feito o secretário recebe o espírito de Rafael Greca – sem sotaque, língua presa e ademanes – e se regozija com o conforto que as calçadas trarão “às mamães e seus carrinhos de bebê”. Como diria Ratinho Pai, isso é bolodório dos “cuecas de seda”.

Com amor se paga

O olhar aquoso, pastoso e embevecido da loira atrás do líder não é simples adoração, idolatria, interesse, gratidão. É amor. Amor à flor da unha.

Efeito colateral

O australiano transplantou o dedão de seu pé para substituir o polegar perdido em acidente. Se não tiver rejeição vai funcionar. Mas que pode causar um tremendo chulé na mão.

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