Cena curitibana. A Mercedes novinha, prateada, estaciona na rua sossegada. Dela desce uma mulher bonita que, discretamente, aperta a campainha da casa. O portão eletrônico é aberto e sai um homem de meia idade. Ela tira um pequeno envelope da bolsa, abre, tira uma aliança de ouro e onde se destaca um diamante negro. Coloca no dedo anular da mão esquerda dele, se despede e vai embora. Um vizinho, que viu a cena, atravessa a rua para perguntar o que significava aquilo tudo, pois parecia coisa de filme. Olhando a aliança no dedo o outro responde: “Nada. Ela é amiga da minha mulher e foi quem fez a jóia que estava um pouco larga. Hoje só veio devolver depois de ter diminuído o tamanho”.