16:16O PT e as mortes no confronto em Quedas do Iguaçu

O PT do Paraná informa:

PT exige investigação imediata e punição pelo fuzilamento de trabalhadores rurais no Paraná

Assassinatos aconteceram em menos de um ano do massacre dos professores em Curitiba 

A direção do Partido dos Trabalhadores do Paraná exige apuração imediata dos assassinatos cometidos contra trabalhadores rurais ocupantes de terras da União, no município de Quedas do Iguaçu, organizadas no Acampamento Dom Tomas Balduíno. Duas vidas foram ceifadas destroçando-se a esperança no futuro de seus familiares. Mais sete trabalhadores foram feridos. Os indícios apontam que houve uma emboscada da Polícia Militar do Paraná, acompanhada de jagunços da empresa Araupel, empresa que há décadas ocupou as terras irregularmente e já perdeu a posse em todas as instâncias judiciais até agora.

Muitas perguntas precisam de respostas rápidas, a começar pela ingerência da Polícia Militar do Paraná em terras pertencentes à União onde a prerrogativa de qualquer ação é de exclusividade da Polícia Federal. Isso se agrava inda mais ao fato de a PM ir acompanhada de seguranças privados da Araupel. Essa mesma empresa que deu R$ 50 mil para a campanha de deputado federal do atual chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni, outros R$ 150 mil para o governador Beto Richa, R$ 50 mil para Padovani e R$ 10 mil para Paulo Coletti, totalizando R$ 360 mil em doações ao PSDB, de acordo com o TSE, conforme apuração do portal Terra Sem Males.

Outro questionamento é quanto à nota oficial do Governo que afirma que a PM é quem sofreu uma emboscada, no entanto, todas as fotos colhidas até agora revelam o carro dos agricultores alvejado de tiros disparados contra o veículo e não o contrário.  Mais sombrio é o fato do chefe da Casa Civil ter divulgado publicamente que esteve há menos de uma semana na região de Quedas do Iguaçu para tratar do “reforço nas ações policiais e de fiscalização na região”. Em 1º de abril, ele afirmou que o clima está “tenso em razão da invasão de áreas pelo MST”. O secretário, que sabe pertencer as terras à União, ainda antecipa a ação beligerante: “O Estado agirá com firmeza. Quem não tiver problemas com irregularidades, pode ficar tranquilo”.

A ação, ao que tudo indica, premeditada do Governo do Paraná, coincidiu com a retirada da Força de Segurança Nacional do município. No dia 17 de dezembro de 2015, foi publicada no Diário Oficial da União a Portaria 2.124, do Gabinete do Ministro da Justiça, autorizando o emprego da Força Nacional de Segurança Pública por 90 dias, a contar da publicação da Portaria, “para atuar em apoio às atividades da Polícia Militar do Estado do Paraná, na preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, na área reconhecida como de domínio da União, nos termos do Processo nº 2004.70.05.2014.404.7007, do Juízo da 1ª Vara Federal de Cascavel, antiga Fazenda Rio das Cobras, no Município de Quedas do Iguaçu/PR”.

Os abusos e a truculência cometidos pela Polícia Militar do Paraná a mando do governador tucano Beto Richa precisam ser interrompidos. O despotismo se dá contra professores, trabalhadores rurais e a quaisquer cidadãos que ousem reclamar seus direitos. Os interesses políticos e ideológicos que levam ao extermínio e agressão de trabalhadores não podem mais passar impunes. A direção do PT do Paraná está mobilizando autoridades, comissões dos Direitos Humanos do Senado, da Câmara, da Assembleia Legislativa e Ministério Público para apuração dos fatos.

Nesse momento de luto e dor, em nome dos companheiros e simpatizantes do Partido dos Trabalhadores do Paraná, convocamos a todos para realizar um ato nacional na cidade de Quedas do Iguaçu no sábado de manhã, dia 09 de Abril, juntamente com o funeral dos companheiros assassinados.

Compartilhe

Uma ideia sobre “O PT e as mortes no confronto em Quedas do Iguaçu

  1. José carlos

    Engraçado estes bandidos invadem propriedade particular destroem o patrimônio das empresas e são considerados vítimas.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.