8:10Monumento pelas Liberdades Democráticas

Da Agência de Notícias da Prefeitura de Curitiba

 

Curitiba instala monumento pelas  liberdades democráticas

 

Foi inaugurado na tarde desta sexta-feira (16), na Praça Rui Barbosa, o Monumento pelas Liberdades Democráticas – Monumento à Resistência e à Luta pela Anistia no Paraná, homenagem aos perseguidos políticos pelo regime militar brasileiro.

Obra da artista plástica Cristina Toniolo Pozzobon e do arquiteto Tiago Balem, é uma iniciativa da Comissão da Anistia, Ministério da Justiça (Projeto Marcas da Memória), com o apoio da Prefeitura de Curitiba.

“Curitiba, que foi a cidade brasileira pioneira nos comícios das eleições diretas em 1983, está sempre aliada às lutas das liberdades públicas”, disse o prefeito Gustavo Fruet, que participou da inauguração. O prefeito informou que o Instituto de Pesquisa e Planejamento de Curitiba (Ippuc) vai implantar painéis em toda a cidade com textos informativos sobre a importância e representatividade dos prédios que abrigaram, de alguma forma, a história da Ditadura Militar em Curitiba.

Paulo Abraão, Secretário Nacional de Justiça e presidente da Comissão da Anistia, disse que o monumento é um exercício de memória. “É para lembrar o passado de um povo de valor que soube defender a democracia brasileira”, disse.Esse mesmo monumento será construído em outras sete cidades brasileiras.

Caravana

A inauguração do monumento coincidiu com a passagem, durante esta semana, da 72ª Caravana da Anistia em Curitiba, com uma sessão de homenagens póstumas a 25 ex-presos políticos e seus familiares, entre eles o ex-governador do Paraná José Richa e o ex-prefeito de Curitiba Maurício Fruet, que atuaram no processo de redemocratização do país.

Também foram homenageados Aldo Fernandes, Amilcar Gigante, Aníbal Abbate Soley, Antonio dos Treis Reis de Oliveira, Coronel Jeferson Cardin, Daniel Carvalho, Enrique Ernesto Ruggia, Ildeu Manso Vieira, Joaquim Pires Cerveira, Joel José de Carvalho, José Idésio Brianezi, José Lavéchia, José Rodrigues Vieira Netto, Jurandir Rios Garçoni, Laudemir Turra, Luiz André Fávero, Noel Nascimento, Onofre Pinto, Régines Prochmann, Riad Salamuni, Tereza Urban, Víctor Carlos Ramos, Walfrido Soares de Oliveira, Otto Bracarense e Walter Alberto Pecoits.

Ainda em Curitiba, a Caravana da Anistia julgou oito processos de pessoas perseguidas politicamente em todo o estado do Paraná na época da ditadura. São pessoas que pretendem obter indenizações em razão das perseguições sofridas (uma indenização simbólica, que reconhece o pedido de desculpas formal do Estado Brasileiro pela prática das violações dos direitos humanos).

Um dos processos julgados nesta semana foi o do jornalista Julio Covello, que se engajou ao movimento estudantil para lutar contra a ditadura. “Fui um secundarista militante e fiz parte da VPR – Vanguarda Popular Revolucionária, quando fui preso em quartéis e no DOI-Codi do Rio de Janeiro. Fui julgado e absolvido pela Lei de Segurança Nacional e nada como ver este monumento, como um símbolo de liberdades e de direitos”, disse Covello, que teve seu pedido aceito pela Caravana.

Participaram da cerimônia, na Praça Rui Barbosa, o reitor Zaki Akel, da Universidade Federal do Paraná; o procurador da Justiça Olympio de Sá Sotto Maior; a secretária Maria Tereza Uille Gomes, da Justiça e Cidadania do Governo do Paraná; o presidente da Câmara Municipal d e Curitiba Paulo Salamuni, além de representantes da OAB – Ordem dos Advogados do Brasil e do Forum Paranaense de Resgate da Memória, verdade e Justiça e das comissões de Anistia do Ministério da Justiça; Nacional da Verdade; dos Mortos e Desaparecidos.

 

 

 

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Uma ideia sobre “Monumento pelas Liberdades Democráticas

  1. Emerson Paranhos

    Engraçado!!!!O Sr Julio Covello diz que foi preso, julgado e solto. Prender , julgar, inocentar e soltar, que ditadura mais fulera!!! Não bate com o que afirmam muitos intelectuais etc..Os tais ditadores que não cultivavam o culto a personalidade, nem faziam o jogo político sujo, tão comum hoje em dia; deveriam ter feito um estagio em Cuba, como fizeram muito dos seus adversários. Com certeza a tal da ditadura seria o que afirmam aqueles que pegaram em armas, não para defender democracia coisa nenhuma e sim para implantar aqui ditadura tipo Albania, Cuba e URSS. Aí sim eles e muitos da mídia iriam ver o que é censura e o que é perseguição, Por favor, parem de contar a história com viéz de uma ideologia falida e mofada.
    Hoje me dia qualquer um sem o mínimo conhecimento do que acnteceu se acha dono da verdade e mente de modo deslavado.

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