Do analista dos Planaltos:
Quem leu com atenção a nota oficial de Gleisi Hoffmann sobre a prisão de seu assessor, Eduardo Gaievski, investigado por 23 casos de estupro avalia que o trecho sincero de todo aquele palavrório é a parte que diz que o assessor foi contratado porque:
“Precisávamos de alguém com a visão de município para avaliar a adequação dos programas e projetos que estávamos implementando e que precisam de parceria forte com as prefeituras.”
Gaievski assumiu foi para o Ministério para coordenar a campanha de Gleisi no interior. Em março levou 80 prefeitos paranaenses para encontrar a ministra em Brasília. A alegada ignorância a respeito dos crimes sexuais do assessor é duvidosa porque, ao que se sabe, isso era do conhecimento da maioria dos 17 mil habitantes da pequena Realeza e também nas cidades vizinhas.
A decisão de levá-lo a Brasília, mesmo assim, parece ter partido da análise que os talentos de articulador do ex-prefeito eram imprescindíveis – e que a longa investigação policial não iria dar em nada. Deu.
Contrariando a vontade popular, e a verdade dos fatos, a ministra apostou no pedófilo e entrou pelo cano. Agora vai ser difícil convencer os 80 prefeitos de que a ministra sabe escolher os seus assessores. E a população do Oeste do Estado.