7:09O ANARQUISTA

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MARK TWAIN

Em questões de Estado, cuide das formalidades e pode esquecer as moralidades.

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A agenda do caixeiro-viajante

O Instituto Lula informa que a agenda internacional de Lula terá “prejuízo” com José Serra no ministério das Relações Exteriores, que implicará mudança na diplomacia esquerdista do PT. Serra resgatou a diplomacia de resultados e arquivou a ideológica.

Prejuízo na agenda ou no cachê? Sem BNDES financiando empreiteiras, sem a tropa do petróleo, sem o jatinho da Odebrecht, que “agenda internacional” que nada. Lula caixeiro-viajante não é louco de aguentar xingamento de coxinhas em avião de carreira.

Prisão de luxo

Com a redução da criminalidade, a Holanda transforma em abrigos algumas prisões. O Brasil, que funciona ao contrário, ainda transforma o Congresso Nacional em prisão: aumentou muito a criminalidade lá dentro.

O crime que não compensa

André Moura (PSC/SE) foi imposto a Michel Temer como líder do governo na câmara dos deputados. Ele responde a três processos criminais, um deles tentativa de homicídio.

O senador Romero Jucá foi obrigado a deixar o ministério do Planejamento e voltar ao Senado por muito menos, a inconfidência gravada em conversa com ex-colega.

A moral da história: político pode matar, mas não pode ser gravado. Conversa de político ainda se torna crime hediondo. Aos ouvidos pelo menos é hedionda.

Parlamentarismo de extorsão

O “parlamentarismo de extorsão” continua inabalável, imbatível, indiferente à opinião pública. O título, perfeito, vem de Marcelo Freixo, deputado estadual socialista no Rio, ao modelo político brasileiro, em que o Executivo é refém do Legislativo.

Tivemos prova disso na votação do ajuste fiscal no Congresso, dia 24. A sessão ficou sem quórum porque o do líder do PMDB, Eunício de Oliveira, ali presente, saiu sem votar. Michel Temer é presidente licenciado do PMDB.

Primeiro Comando do Congresso

Na reunião do dia 24 com ministros e líderes do Congresso, André Moura e Romero Jucá presentes, Michel Temer negou que seja presidente fraco: “Fui secretário de Segurança três vezes em São Paulo e tratava com bandidos”.

Em São Paulo era o pessoal do PCC, o primeiro comando da capital. Em Brasília é outro PCC, o primeiro comando do congresso, mais especializado, ramificado e perigoso. Em Brasília o buraco fica mais em baixo.

Boca e boquinha

Lula pediu ao Supremo para ser reconhecido ministro da Casa Civil de Dilma, mesmo sem ter tido posse. “Com os efeitos jurídicos” respectivos. Um deles seria o abuso na sua condução coercitiva pela Lava Jato. O outro, que não diz, seriam os dois meses de salário de ministro. A boquinha, como o cachimbo, deixa a boca torta.

Ironia do destino

Taiguara Rodrigues dos Santos, sobrinho e suposto laranja de Lula, comprou um apartamento no litoral de São Paulo. O número é o mesmo do artigo para o estelionato no código penal: 171.

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(ROGÉRIO DISTÉFANO)

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