8:00Justiça bloqueia bens de assessor de Christiane Yared

Do blog do jornalista Osvaldo Eustáquio, reproduzido por Fernando Tupan no portal Bem Paraná

A juíza Louise Nascimento e Silva determinou liminarmente o bloqueio de bens de José Luiz Gonçalves Velloso, chefe de gabinete da deputada federal Crhistiane Yared (PR).  O bloqueio é proveniente de uma ação por ato de improbidade administrativa promovida pelo Ministério Público quando Velloso exercia o cargo de Secretário da Saúde no Município de Antonina, litoral do Paraná. O Promotor de Justiça Thiago Saldanha Marcorati propôs também uma ação criminal. Caso a ação seja julgada procedente, Velloso pode ser preso.

De acordo com o MP, o chefe de gabinete da deputada recebeu R$ 46.389,00 em propina das empresas Megapav Construtora e Viação Pilar, enquanto essas empresas mantinham relação contratual com o município.

Ouvido na investigação, Waldir Gmach dos Prazeres, proprietário da Viação Pilar informou que os depósitos à José Luiz Gonçalves Velloso destinavam-se a obter benefícios com a redução do ISSQN devido por sua empresa Viação Pilar Ltda. ao Município de Antonina, uma vez que, segundo mencionado, seria o homem de confiança do ex-prefeito João Ubirajara Lopes. A reportagem deste BLOG entrou em contato com o gabinete da deputada Christiane Yared, mas de acordo com sua assessoria ela estava em voo. O advogado do gabiente, Joe Arrais informou que eles já sabiam de ações movidas pela justiça contra Velloso, mas não especificamente do bloqueio de bens e preferiu não comentar o assunto.  O chefe de Gabinete, José Luiz Gonçalves Velloso estava representando a deputada no Ministério da Saúde na tarde desta quinta-feira (30) e até o fechamento desta reportagem não retornou as ligações.

Veja na íntegra o depoimento do proprietário da Viação Pilar

“Disse que é sócio e proprietário da empresa Viação Pilar desde agosto/2007, juntamente com KAREN e presta serviço de transporte urbano e rural na cidade de Antonina, além de contrato com o município para transporte escolar e trabalho no ramo de construção civil; nunca transferiu ou deu dinheiro para JOSÉ LUIS VELLOSO; solicitou a JOÃO UBIRAJARA LOPES a revisão do contrato do percentual de ISS; JOÃO disse que o declarante poderia falar e confiar em JOSÉ LUIS VELLOSO; afirmou que JOÃO UBIRAJARA disse que passaria para a Câmara de Vereadores o projeto para alteração de ISS e que daria tudo certo, e naquele momento JOSÉ LUIS VELLOSO pediu dinheiro para pagar um recurso bancado para outra finalidade e o declarante disse que ajudaria JOÃO; disse que ligou para JOÃO UBIRAJARA e falou que iria financiar o que ele tava querendo e não ia pagar nada, mas queria o protocolo da baixa dos 5% do ISS e ia pagando aos pouquinhos e por fora os impostos que devia; disse que honrou com JOSÉ LUIS VELLOSO, mas nunca deu dinheiro para prefeito, porque o que JOSÉ falasse estaria tudo certo; disse que passou um mês e não deu certo e em 2014 teve o AVC e em questão de meio ano JOÃO falou que não deu certo porque todos na Câmara estavam contra ele; disse que fez dois pagamentos para JOSÉ LUIS VELLOSO, relativos aos fogos de artifício e uma festa em agosto e dezembro, no valor de R$ 10.000,00 ou R$ 17.000,00, fora os ônibus que conseguia para levar atletas a jogos em outras cidades; disse que pediu a JOÃO para debitar os valores dos impostos, mas até hoje está devendo os impostos; disse que em 2010 comprou dois ônibus novos para o transporte municipal; disse que JOSÉ LUIS VELLOSO pediu dinheiro para o aniversário de Antonina, os fogos da cidade e equipamentos para um deficiente residente na Lapa; disse que em relação ao ISS que o declarante devia, foi dado mais de R$ 17.000,00 para abater no ISS e foi depositado na conta para mostrar que não tinha esquema e demonstrar o relacionamento, porque JOÃO disse que poderia confira em JOSÉ LUIS, e o valor depositado foi muito maior que o imposto devido; disse que não sabe se os valores dados foram declarados em imposto de renda; disse que tem a anotações dos valores repassados a JOSÉ LUIS; disse que JOSÉ LUIS pediu dinheiro para pagamento dos fogos de artifício de uma empresa de Paranaguá ou de Curitiba e acha que no valor de R$ 23.000,00; disse que JOÃO negou ter pedido a JOSÉ LUIS que cobrasse tais valores do declarante; disse que JOSÉ LUIS dizia que JOÃO precisava dos valores em dinheiro; disse que os valores pagos a JOSÉ LUIS não foi troca de favores para a questão do ISS; afirmou que todas as vezes que JOSÉ LUIS pedia dinheiro o declarante relatava a JOÃO UBIRAJARA; disse que JOÃO sabia sobre a dívida do ISS e o depósito para JOSÉ LUIS foi na conta do secretário da saúde; disse que o melhor prefeito foi Kleber, mas o problema era vice-prefeito o cara menorzinho; depois veio Canduca que nunca pediu dinheiro; depois veio JOÃO e o declarante disse que nunca daria dinheiro; disse que a Câmara de Vereadores pediu R$ 5.000,00 e ficou quase meio ano esperando a decisão deles, está nas anotações; disse que tem pasta de protocolos da prefeitura e da câmara, mas nunca respondem as solicitações; afirmou que da prefeitura nunca pediram dinheiro, mas da Câmara de Vereadores sim; disse que foi o vereador ADEMIR BARROCA pediu R$ 5.000,00 pra ele e mais dois vereadores, o GALO CEGO e outro que não se recorda o valor; disse que por ter negado o pagamento da propina eles demoravam e negavam atendimento aos protocolos; disse que nunca fez nada errado.”

 

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