15:01GENTE QUE FINGE

vanessa

A senadora Vanessa Grazziotin reclama da ovada

Rogério Distéfano

Apoio que condena

Os deputados da base de apoio do governo do Estado dão apoio público ao comandante da polícia militar no caso dos coletes à prova de bala defeituosos. Esse apoio blinda o comandante?

Por sinal

Notícia boba, site do Brasil. O descobridor da modelo Melania Trump, hoje mulher do candidato republicano à presidência dos EUA, é casado com brasileira. E daí, Trump vai ser eleito pela mulher brasileira?

Peripatético

Propaganda eleitoral, filmete em que Ney Leprevost encarna o Aristóteles araucariano e faz volteio peripatético pelas letras gigantes de seu moto de campanha, o “novo de novo”, coisa assim. Bacana, o sotaque curitibano atenuado, mas sensível, como deve ser.

Um único problema: o problema do imposto em Curitiba são os privilégios, não os previlégios. Releve-se o candidato. Nascido e criado no privilégio, mal sabe soletrar a palavra. Não sei não, mas Leprevost lembra um Greca dez arrobas mais magro.

Pimenta no olho do outro…

Não conheço Paulo Demchuk, o advogado que se desentendeu com a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB/AM) ao desembarcar no Afonso Pena. Conheço a senadora, pelo seu desempenho no impeachment, como no ocorrido há não mais que cinco dias. O deputado José Guimarães (PT/CE), líder na câmara invadiu o plenário do Senado e ofendeu a advogada Janaína Paschoal quando esta descia da mesa depois de apresentar a acusação no impeachment. Aquilo de ‘golpista’; subtexto: “quer acabar com nossos monopólios propineiro e da boa intenção”. Guimarães entrou na história como chefe do aloprado preso com dinheiro na cueca em Guarulhos e como irmão de José Genoíno, guerrilheiro do Araguaia e do mensalão.

O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB/SP) interveio e pediu que se chamasse a polícia legislativa para tirar Guimarães do plenário, galinho de outro terreiro que ofendia a advogada. Vanessa, dilmista de raiz, férrea feminista, tomou as dores de quem, da advogada? Não, do aloprado Guimarães. Lançou-se feito pororoca sobre o senador, exigindo-lhe que se desculpasse com Guimarães. Conseguiu apenas risos dos colegas pró impeachment. Escrevi no início que não conheço Paulo Demchuk.  Se – um ‘se’ capital – agrediu Vanessa, fez o mesmo que Vanessa faz com Janaínas Paschoais e Aloysios Ferreiras no Senado e na vida. O erro dela não justifica o dele. Mas atenua.

 

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4 ideias sobre “GENTE QUE FINGE

  1. Zé Povinho

    Ká ká ká os deputados da “base aliada” do Betinho Banana estão procedendo igualzinho àquele ditado popular que diz assim, escrevo isto para os que não conhecem o dito ditado, o vício do cachimbo faz a boca torta. De tanto puxarem o saco perderam a noção do ridículo, porque só sendo um rematado ridículo é que aceita que torremos dinheiro público comprando ” coletes à prova de bala” bichados. Será um algum dos ditos deputados da “base aliada” correira o risco de usar um colete à prova de bala que não pára bala nenhuma?

  2. Fernando Mendes

    Não. Não atenua, Rogério. A advogada Janaína estava, ali mesmo no Senado, naquele momento, protegida por uma maioria, pela sua condição de advogada de acusação no processo e, como bem lembrou o senador Aloysio Nunes, inclusive pela polícia legislativa. Assim ficou, bem protegida. E esse advogado, que agrediu a senadora dentro de um avião (onde há uma legislação própria), senadora que não estava protegida por seguranças, sozinha num local de uso público, é covarde e quer aparecer (o que a senadora, evidente, também quer, até pela profissão que exerce…). Mas a senadora e demais políticos têm o sagrado direito de ir e vir (como qualquer cidadão); e de ter vida normal fora do Senado. Nós não temos o direito de agredir ninguém, quer verbalmente ou por atitudes ainda mais violentas. Todos merecem respeito, inclusive os criminosos. Que, no entanto, devem responder à lei e ser penalizados nos termos da lei. Esse advogado (de segunda, infelizmente) precisa, agora, responder à OAB e à lei. A senadora, no que tenha cometido de algum delito, também. Mas são fatos independentes. Esse advogado comete crime, quando vai cometer “bulling” em locais públicos. Já os debates no Congresso, sabemos como é; estão todos ali, senadores e deputados, “para se molhar”… E não são propriamente monges ou monjas contemplativos nas suas funções…
    Essas coisas que estão acontecendo em nosso país são muito graves. Na democracia, é preciso respeito; e essas pessoas que estão indo desrespeitar políticos nas ruas, aeroportos, restaurantes, aviões, praças e outros locais, desrespeitam com isso a cidadania e a democracia; estão (infelizmente) chocando o ovo da serpente. Então, muito cuidado e responsabilidade. O Brasil e seu povo não merecem exemplos como esse. Precisamos reagir contra o desrespeito. Não, nunca, ficar atenuando atos gravíssimos que merecem condenação, venham de que lado vierem esses atos. Editorial de hoje na Folha: Fascistas à solta: http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2016/09/1809423-fascistas-a-solta.shtml?cmpid=newsfolha

  3. Aguiberto Soares

    Com todo respeito à opinião acima, devo dizer que um congressista, quando se manifesta no Parlamento, está exercendo um direito para o qual foi eleito. E é naquele Foro e, eventualmente, no Judiciário também, que deve ser julgado. Quanto a cidadãos em geral, têm – sim – direito de se manifestar, mas com civilidade, e também em situações adequadas. Quando quer gritar ou agredir verbalmente, que vá a manifestações ou estádios, gritar palavras de ordem; e que, mesmo assim, não se exceda… Nunca com qualquer outro cidadão que tem opiniões políticas diferentes. E muito menos com políticos que exercem sua profissão ou credo no Foro apropriado, o Congresso Nacional. Não, não vamos misturar alhos com bugalhos… Quando alguns, em uma nação, justificam (ou atenuam) a agressão a políticos, a história tem demonstrado o que pode vir depois: o fim da política. E o fim da política conduz à ditadura ou à guerra… O Brasil não deve ir por esse caminho. Por isso, não há como atenuar ou relativizar o comportamento deste cidadão, mormente um cidadão com o privilégio de ter tido formação com nível (supostamente) superior, e que portanto deveria ter estudado matérias como direito, ética e lógica…

  4. Silvia Leiner

    Quer dizer que a senadora pode falar as besteiras que quiser na tribuna, mas não pode ouvir algumas verdades!

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