8:30Gazetona na Veja

As mudanças na Gazeta do Povo ganharam duas páginas na edição desta semana da revista Veja. Sob o título “Parem as máquinas!” o destaque é para o fato de ser o primeiro grande jornal de capital a apostar totalmente na edição pela internet e decretar o fim do impresso. A destacar no texto: não há uma única frase de gente da própria Gazeta. Na comparação que fizeram com o Jornal do Brasil, que em 2010 foi para a rede por má gestão, informa-se que a publicação da família curitibana “tomou o rumo porque decidiu apostar tudo na era virtual”. Não é bem assim. No último balanço publicado pelo jornal constatou-se um prejuízo de mais de R$ 40 milhões em 2016, numa repetição perigosa e que fazia drenar lucros da TV RPC, do mesmo grupo, retransmissora da Globo. Há também um alerta a ser verificado quando o impresso parar de ser diário, se transformar numa espécie de revista semanal e o dia-a-dia ser lido nas telinhas. É dado pelo consultor Rick Edmonds, do The Pointer Institute, que acredita mesmo que em cinco não serão mais vistos muitos diários nas bancas: “Os ingredientes para o sucesso continuarão a ser o conteúdo de qualidade somado à forte identidade editorial. Os que mantiverem esses valores, durante a passagem para esta era digital, continuarão fortes”. O exemplo do New York Times vem a seguir: investiu em inovações, alcançou 1,6 milhões de assinantes digitais e isso ajudou a edição impressa a ganhar leitores, que hoje são 600 mil. Mas… a capital do mundo não é a da província. A conferir a partir de junho.

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3 ideias sobre “Gazetona na Veja

  1. Zé Mané

    Também pudera, o Jornal da Família Paranaense sempre foi marcadamente chapa branca, depois que perdeu o apoio do governo estadual jogou-se nos braços do federal. E, com ele foi para o buraco com a saída da infeliz. A TV desta gazeta adora ver o que a maioria de nós nem com muita vontade consegue ver, exemplo do que digo são os “milhares” de manifestantes no Centro Cívico quando, mesmo com o maior esforço os cinegrafistas se viam centenas. Aí fica difícil acreditar nesta gazeta. O fim não podia ser outro.

  2. Alberto André

    A reportagem da Veja é muito benevolente com o jornal da família Cunha Pereira. A Gazeta,
    adquirida nos anos 1960 pelo Dr. Francisco Cunha Pereira e Edmundo Lemanski, conseguiu sair da penúria financeira, naquela época, graças às verbas publicitárias dos governos de plantão; e do apoio destes governos na contratação de jornalistas da Gazeta, que assim conseguiam aumentar os seus reduzidos salários no jornal. Sempre foi chapa branca e, nos últimos tempos, soube trocar de patrocinador, substituindo o governo estadual pela federal do PT, parceria armada pelo ex-ministro petista Paulo Bernardo. Quando as verbas públicas não foram mais suficientes para compensar a sangria gerada pela perda de assinantes e leitores de bancas, a Gazeta foi bancada pela RPC Tv que, afiliada da Globo, tem boa situação financeira. Vale ressaltar que Mariano Lemanski, filho e herdeiro de Edmundo, já passou a parte dele na Gazeta para os Cunha Pereira, pois não concordava em botar dinheiro bom em negócio deficitário. Como se vê no caso do jornal NY Times, citado na reportagem de Veja, a credibilidade do seu impresso alavancou o digital: e este, deu nova vida para o impresso. Não parece ser o caso da Gazeta. Será? Com diz ZB, “a conferir”.

  3. TOLEDO

    Espero que esses direitistas podres, vão para o brejo. Prefiro ler os blogs. Até o Campana me dá menos nojo.

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