9:24Deu chabu o Caramuru da Copel

Porque nunca é tarde, e na sequência do que acontece nos bastidores do Centro Cívico e adjacências, desde ontem não se fala em outra coisa sobre a nuvem negra que o jornal Valor colocou no ar a respeito de uma estranha negociação envolvendo  uma subsidiária da Copel (ler reportagem abaixo). O resumo da ópera começa com a indicação feita pelo ex-governador Beto Richa do diretor da UEGA, que administra uma usina termoelétrica. Erlon Caramuru Tomasi é genro do conselheiro Nestor Baptista, do Tribunal de Contas do Paraná. O indicado investiu uma fortuna num fundo imobiliário e informou no balanço da empresa que a liquidez seria de curto prazo. Hummmmmmmmm. Tamanho da coisa: R$ 150 milhões. Em brasileiro isso quer dizer que a dinheirama estaria disponível a qualquer momento. Estaria. O tal fundo jogou o dinheiro num empreendimento imobiliário na Grande São Paulo. Resumo: o retorno do dinheiro só aconteceria quando a coisa ficasse pronta e também vendida. Mas… o empreendimento atrasou tanto que nem começou. O investimento ficou lá preso desde 2015 e teria de aparecer assim no balanço. Apareceu? Não. Em outubro do ano passado a Copel pediu R$ 100 milhões, já que teoricamente o dinheiro estaria disponível. O gestor finalmente contou a verdade. Disse que não tinha, que o dinheiro estava aplicado num fundo imobiliário, etc. e tal. Isso é grave  perante a Bolsa de Valores, já que a empresa tem ações aqui e nos EUA. Caramuru foi demitido . Uma auditoria externa foi contratada pela Copel, que acredita ter feiteo o dever de casa ao colocar pra fora o autor da lambança. Há mais: na esteira dos acontecimento – e no lado escuro da lua, como revelou a reportagem do jornal, pode vir à tona um esquema que pode ter irrigado uma conta num paraíso f iscal, mais precisamente numa offshore do Panamá. Vai sobrar para alguém.

Confira: copel

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4 ideias sobre “Deu chabu o Caramuru da Copel

  1. Fazendo história

    E a contratação da Auditoria para descobrir?
    Custou 12 milhões.
    https://contraponto.jor.br/pergunta-que-nao-cala-por-que-o-tce-nao-investigou-a-uega/

    E esta UEGA?
    No governo Roberto Requião contrataram o escritório de Pinheiro Machado para uma empreitada na Arbitragem Internacional em Paris entre os sócios litigantes.
    Não era interessante o jovem associado do escritório paulista em Brasília – ser filho do governador da época e hoje deputado estadual na Roraima do Sul.

    Nenhum pio à época do caudaloso MPEstadual.

  2. Edgães Guimarar

    Peraí…O autor da lambança é genro de conselheiro do TC? Mas como fica a tal fiscalização?
    Estranhamente, ha muitos processos da Copel nas mãos do tal “magistrado administrativo não concursado”.
    Coincidência hein?
    Parece que só não vê quem não quer…

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