17:14Criatividade e coragem na história de Curitiba

por Gustavo Fruet

Em 319 anos, Curitiba tem muita história para contar. Relembrar é viver. Algumas datas que ficaram marcadas pelo inusitado, criatividade e coragem dos personagens envolvidos.

– Em 1693, o povo de Curitiba se reuniu na Igreja de Nossa Senhora da Luz e Bom Jesus dos Pinhais (local onde foi construída a catedral) para escolha dos eleitores responsáveis pela eleição da Câmara e da instalação da Vila.
– Em 1750, a irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Curitiba começa a funcionar. Em 1880, Dom Pedro II inaugura o prédio do hospital da Santa Casa na Praça Rui Barbosa.
– Em 1848, a Câmara de Curitiba compra da Corte 20 lampiões para resolver o problema da iluminação pública.
– Em 1855, é inaugurado o Cemitério Municipal de Curitiba na chácara que pertenceu ao Padre Agostinho Machado de Lima. Antes deste cemitério, os mortos eram enterrados na sacristia e paredes da catedral.
– Um ano mais tarde, é realizada a primeira tourada na capital paranaense.
– Em 1858, é instalada a primeira cervejaria em Curitiba. Ficava próxima ao cemitério.
– Em 1871, os irmãos Rebouças instalaram a primeira indústria a vapor do Estado. Nesse mesmo ano, os Rebouças fizeram a primeira canalização de água potável na capital.
– Em 1887, começa a operar a companhia de bondes de Curitiba. Ainda eram puxados por mulas. No mesmo ano, foi fundada a sociedade secreta Ultimatum, que possibilitava a fuga de escravos para o Ceará e Uruguai.
– Em 1892, entra em operação a primeira usina elétrica da cidade.
– E, finalmente, em 1975, a grande nevasca cai em Curitiba. Até hoje o dia 17 de julho de 1975 está na lembrança dos que presenciaram a neve e no imaginário dos que ouvem os relatos.

Parabéns a cidade que foi forjada pela força, inteligência e diversidade cultural, que até hoje são as marcas da nossa gente.

Com informações de Jorge Narozniak, Histórias do Paraná / Arowak, 2010.

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4 ideias sobre “Criatividade e coragem na história de Curitiba

  1. João Maria Ferreira

    Parabens Gustavo, cultura tambem da voto,vc. nasceu aqui, é da terra de Curitiba, então seu pai ja era daqui, sua familia toda curitibana, e a vc. Jorginho nossos votos de agradecimento pela
    ajudinha ao futuro Prefeito da nossa cidade

  2. Frik

    Interessante, que a cidade se tornou Capital de província sem ter cemitério – mas talvez ainda mais relevante do ponto de vista dos vivos: sem ter mesmo UMA ‘Botica’ (ou farmácia – que era com PH) – e muito menos um Hospital (é claro que de acordo com a cultura da época haviam alternativas – não se pode afirmar que não houvessem remédios e cuidados com os doentes … ) É, mas para uma Capital … É bom lembrar que na mesma década os 1850 viriam (pelo menos) a Pharmacia Stellfeld e uma primeira Santa Casa

    1975: a (sic) “Grande Nevasca” – No século passado houve um evento bem maior tanto em quantidade, como em qualidade da neve – foi a Nevada de 1928 (sorry, mas ‘nevasca’ a gente vê em outras latitudes …) Registros de neve mais frequente no século retrasado – os 1800’s, mas observações e registros ‘oficiais’ (ou pelo menos dados minimamente organizados) – era algo desconhecido

  3. Ana Maria

    Parabéns pela iniciativa de relembrar acontecimentos importantíssimos da história da nossa querida Curitiba. E, segundo o livro “Curitiba 300 Anos de Comércio Lojista” de Osvaldo Nascimento Junior (1993), o prédio histórico, construído em 1893, nas esquinas das ruas XV de Novembro com Monsenhor Celso (que já pertenceu ao Banestado e atualmente é do Banco Itaú). era uma casa comercial, “a do Cunha de Roupas feitas”. Curiosamente, seu primeiro proprietário, o português Manuel Cunha teve o seu imóvel saqueado pelos revoltosos federalistas (1894), mesmo fazendo parte da Comissão da Junta comercial, e contribuído com o forçado empréstimo de guerra, tendo ido à falência.
    Também há duas lojas centenárias, nas mãos dos herdeiros dos seus fundadores: a Casa Edith, inaugurada em 1879, e a Casa Glaser (antigo Armazém Glaser), inaugurada em 04 de janeiro de 1887. As duas em pleno funcionamento. Parabéns aos seus proprietários por terem conservados estas belíssimas construções, preservando-as até os dias atuais.

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