Do analista dos Planaltos
Eduardo Gaievski, afastado do posto de assessor especial da Casa Civil depois que teve sua prisão decretada por “estupro de vulnerável”, está adotando uma linha de defesa que enfurece sua ex-chefe, Gleisi Hoffmann. O ex-prefeito de Realeza começou a alegar, como fez ao site da Folha de S. Paulo, que todo “o caso é armação para atingir Gleisi”, possível candidata ao governo do Paraná pelo PT.
Essa linha de defesa não leva em conta que a prisão foi decretada depois que o caso foi investigado por mais de três anos pelo Ministério Público. Investigação que resultou num inquérito de mais de 900 páginas, reuniu provas (testemunhos, grampos telefônicos), identificou dezenas de vítimas e colheu depoimentos estarrecedores.
Tentar transformar tudo isso em uma armação política só vai servir para enfatizar que Gleisi foi, no mínimo, pouco criteriosa ao levar um cidadão com esse currículo para o Palácio do Planalto – e o instalou praticamente na ante-sala de Dilma Rousseff.
Isto, beleza cara, vai firme nesta, agora só falta dizer que tudo se trata de uma armação da Folha. E que as menores estupradas não existem, que isto é fruto da PIG, da qual obviamente o Folha faz parte.